terça-feira, setembro 16, 2008

Passeio Danda Bike



Passeio Danda Bike: 35 km.

14 de setembro de 2008
Participantes: Adonai, Alberto, eu e mais 127 mountain bikers.

 
Levantei cedo e atravessei a cidade pedalando até chegar na casa do Alberto. Ali acondicionamos as bikes na caminhoneta, com rapidez, e rumamos para o apartamento do Adonai. Ele estava nos esperando já cansado só de pensar em pedalar pois estava meio parado; no caminho decidiu que faria o percurso mais curto de 20 km. Eu e o Alberto pedalariamos o caminho longo de 35 km.

 
Fomos as pressas pensando que estávamos atrasados, mas chegamos lá no posto Ipiranga de Lomba Grande com folga de tempo. Nos separamos do Adonai e iniciamos o pedal com um grupo de mais de cem ciclistas.


A partir do inicio do pedal, tirando alguns desencontros e erros de percurso o que fez com que nos desviássemos da rota por alguns quilômetros o resto transcorreu sem incidentes. As imagens e videos descrevem esse passeio de forma literal.




Retornamos com os olhos cheios de natureza e visuais retratados nessas imagens. O Adonai nos esperava com duas amigas que conhecera no passeio curto. Uma delas estava machucada de uma queda, calça de lycra rasgada, luxações.
Foram com a gente de carona. Socamos cinco bikes na caminhoneta e fomos até um restaurante no centro de Novo Hamburgo. Ali comemos bifes especias, e combinamos pedais e trilhas.

Chegando em de volta em Porto Alegre, desgrudamos e montamos as bikes. Eu saí pedalando do bairro Teresópolis até a zona sul pra completar o trajeto. De tardezinha já estava em casa tomando mate.

Total pedalado: 60 km

Videos:







segunda-feira, agosto 11, 2008

Otávio Rocha - Otávio Rocha

In english after the portuguese


Sábado à noite após um dia inteiro de vacinação contra a paralisia infantil, peguei o carro e parti para Flores da Cunha. Desde sexta-feira minha bicicleta já estava acondicionada enrolada num cobertor sem as duas rodas no banco traseiro do automóvel. Passei na casa do Alberto, colocamos a bicicleta dele no trans-bike e iniciamos a viagem.
Eu já tinha feito um pedal semelhante ao que faríamos no domingo, só que mais curto. Lá para os lados de Otávio Rocha, entre parreirais e cachorros, um dia pedalei até Nova Roma e me disseram que tinha um descidão até uma balsa que cruzava um rio, fiquei curioso e decidi voltar ali outro dia para conhecer aquilo tudo no pedal.

















Portanto aqui vamos nós, agora cruzando a grande Caxias do Sul e conversando sobre a finalidade da vida e o fluxo de energia no universo, desde o big-bang até a energia psíquica, passando pela teoria do inconsciente de Freud. Antes de chegar em Flores da Cunha, através do argumento da insignificância, como num jogo de Go o Alberto me deu uma espécie de xeque filosófico que ainda hoje tento me desvencilhar.



Enfim chegamos em Flores da Cunha e procuramos um lugar para comer naquela noite friorenta. Havia um restaurante no centro onde comemos uma espécie de bife grande com queijo e acompanhamentos. Ali encerramos os assuntos filosóficos por aquela semana, a carne faz pesar o estômago e dá um torpor mental. Saímos dali em silêncio, digerindo o big-bang e o bife, fomos parar em Otávio Rocha na pousada da Dona Adélia.
Nem vimos a Dona Adélia, acho que era meio tarde. Quem nos atendeu foi um senhor que falava com um sotaque típico da região da serra gaúcha. Um rapaz se prontificou de guardar nossas bicicletas numa loja de artesanato em frente à pousada.
Depois de um banho o Alberto ligou o aquecedor, eu já estava roncando nesse meio tempo.
Acordei de madrugada com um calor dos diabos e sufocado. Tateando no escuro e sem achar o interruptor da luz saí porta afora ofegante. Abri a janela e veio um ar gelado de fora. Janelas e portas vedadas, o aquecedor tinha esgotado o oxigênio. Tudo bem, nem sabia que horas eram, voltei a dormir oxigenado.



No farto café manhã nem falamos mais na finalidade da vida. Já estávamos em clima de pedal e pedalar era o nosso vislumbre. Essa é uma das razões porque pedalo: eu paro de pensar.














Enquanto tomávamos o café em silêncio um outro senhor com um sotaque da região um tanto mais acentuado falava ao telefone. Uma voz aguda semelhante à de mulher que me lembrou muito o Raditi. Descobri depois que tem um tal de Willmutt que faz sátiras do sotaque de gringo e que em um website. Vale a pena conferir.



Saímos pedalando de Otávio Rocha às 8:30 duma manha gelada. Eu ia de bermuda larga sentindo um frio nas pernas e o Alberto ia de calcinha de ciclista. Ainda vou comprar uma calcinha dessas para o próximo inverno, calças largas de abrigo enroscam na coroa, já rasguei umas três quando se soltaram das meias. Como sou gaúcho criado na fronteira ainda tenho um certo constrangimento para vestir aquelas calcinhas justas. Levei dois anos de pedal para começar a vestir bermudas de lycra com esponja etc... Depois gostei tanto que antes dos pedais, vestindo aquelas bermudas, não me constrangia em levar o cachorrinho pinscher 01 da minha filha para passear na área comum do prédio. O perigo é que a gente perde a vergonha e acaba gostando...



Pedalando entre parreirais secos e cinzas num sobe e desce cansativo fomos sair em Nova Roma. Pegamos o tal descidão onde fomos parar na tal de balsa que cruzava o tal de rio. Era o rio das Antas e a balsa, ainda na sei o nome. É uma balsa movida a braço, e braço de mulher. Subindo na balsa e parando de pedalar, voltei a pensar pensamentos dos outros. “Dêem-me uma alavanca e um ponto de apoio e moverei o mundo”. (Arquimedes)




A subida depois do rio me fez interromper o pensamento alheio. Nem me interessei em quantos MW a represa Castro Alves geraria. O Alberto se sentiu à vontade para falar de engenharia elétrica, pois é formado e graduado nesse assunto. Eu só queria sair daquele buraco e chegar logo em Nova Pádua para o almoço. Mesmo assim a endorfina me fez imaginar um mundo novo naquela região selvagem. Uma Nova Roma, cujo prefeito seria o Raditi, um novo papa gringo importado da Europa a enriquecer a região com um turismo religioso pregando os preceitos da nova era. Enfim uma nova Itália cujos políticos fariam discursos e debates com o sotaque do Willmutt.




Em breve chegamos a Nova Roma, parei num posto de gasolina para limpar a caramanhola suja de cocô não sei de que bicho que havia saltado da roda. Um cheiro forte e desagradável. Bem lavada com água e sabão mesmo assim o cheiro ficou incrustado. O que fez com que sumisse o fedor foi um cheiro bom de churrasco que vinha duma chaminé. Paramos no pé da chaminé, num restaurante lotado. Era dia dos pais e havia um almoço especial por ali com carnes as mais variadas e um buffet de acabar com o regime de qualquer um. Procurando um lugar para estacionar as bicicletas eu cravei um espinho de cacto nas costas, e um bicho não identificado mordeu a mão do Alberto.



Depois do almoço e vinho tinto de colônia saímos pedalando dali de forma pachorrenta. O Alberto pedalava tão devagar que chegou a cair numa valeta pela inércia. Mesmo assim ele seguia na minha frente.



Enfim Antônio Prado. Um sorvete na entrada da cidade, aquela sorveteria parecia ser um dos points das baladas da noite. Mesmo de dia desfilavam por ali carros rebaixados e motocicletas barulhentas com seus playboys. Coisa que me lembrou a terra natal há 30 anos
Depois de uma visita ao famoso centro histórico de Antônio Prado, seguimos o pedal. Para sair da cidade é um subidão, e a subida continua na RS 122. Uma enorme montanha russa com bom acostamento até o desfiladeiro nas proximidades do rio das Antas. Dali até e ponte atingi 60 km/h numa estrada em espiral semi-deserta. Passou rápido, tudo o que é bom se termina. Quando me dei por conta estava na ponte e morto de fome. Comi umas bolachas salgadas, e voltei a pensar. Pelo tanto que descemos outro tanto deveríamos subir. Assim nesse raciocínio óbvio me preparei para o aclive ininterrupto de seis quilômetros que ia até as proximidades de Flores da Cunha. Levei uma hora para sair daquele buraco. Sem nem um planinho pra descansar, nem nada na beira do caminho, só me restava pedalar.



Comecei a sentir a dureza do banco novo em teste. De mola, mas duro. Prometi pra mim mesmo que pedalaria até o fim sem descer da bike, pedalar até achar algum lugar pra tomar uma coca cola. Assim fui por toda aquele percurso sem descanso, para a desgraça das partes traseiras, quando enfim desci da bicicleta para tomar a coca-cola eu estava semelhante à velha surda da praça é nossa, com dificuldades para andar e sentar.
Uma coca-cola congelada me reanimou. Subi na bike e sentei no selim com dificuldade passei pelo pedágio sem parar, o Alberto me esperava por ali. Pedalamos mais um trecho até a entrada para Otávio Rocha, começava a escurecer.



Pedalei os últimos quilômetros no escuro. O Alberto começou a sentir o joelho e ficou para trás. Cheguei na pousada e imediatamente comecei a desmontar a bike na penumbra. Tirei as duas rodas e enrolei num cobertor, coloquei no banco traseiro do carro. Depois de amarrar a do Alberto no trans bike voltamos a Porto Alegre onde jantamos um café num restaurante de beira de estrada, sem nem sequer falar sobre a finalidade da vida. Pedal é para essas coisas.
Total Pedalado: 105 km




Total Pedalado: 105 km






Otavio Rocha district to Otavio Rocha district

Saturday evening after a full day of vaccination against infantile paralysis, I caught the car and left to Flores da Cunha city. Since Friday my bike was already wrapped in a blanket rolled without the two wheels in the rear seat of the car. I passed in the house of Alberto, put the bicycle in cross-bike and we started the journey.
I already had done a pedal similar to what we would do on Sunday, but shorter. There to the sides of Otávio Rocha district, between gardens and dogs, one day I cicled till New Padua city and they told me that there were had a ladder that leaded till a ferry that crossed a river, I was curious and decided to go back there another day to know everything on the pedal.

So here we go, now crossing the vast Caxias do Sul city and talking about the purpose of life and the flow of energy in the universe since the big bang till psy energy, going by the Freud’s theory of the unconscious. Before arriving in Flores da Cunha, through the argument of insignificance, as a game of the Go Alberto gave me a kind of philosophical Sheikh that I still try to be free.

Finally we arrive in Flores da Cunha and seek a place to eat in that cold night. There was a restaurant in the centre where a kind of eat steak and cheese with great accompaniments. There we ended the philosophical issues in that week, the meat is weigh the stomach and makes a mental torpor. We left the restaurant in silence, digesting the big-bang and steak, we were stranded on Otávio Rocha city in Dona Adélia hostel. Neither saw Ms Adélia, I think it was a half later.

Who was there was a gentleman who spoke with an accent typical of the region's mountain gaúcha. A boy was right to save our bicycles into shop for handicrafts in front of the inn. After a bath the Alberto turned the heater, I was already snoring in the meantime. Woke at dawn with a hell of heat and sufocated. In the darkness without finding the back door of the light I went out the room wheezing. After I open the window and has a cold air from outside. Windows and doors closed, the heater had exhausted the oxygen. Okay, neither knew what time was, I returned to sleep oxygenated.

With plentiful morning coffee or talk more purpose in life. Already we were in climate and foot pedal was our glimpse. That is one reason why pcycle: I stop thinking. While we were taking the morning coffee in silence we listened another strange accent of the region with a somewhat more pronounced spoke on the phone. A voice similar to that of acute woman who reminded me a lot to Raditi. I discovered then that has such a Willmutt of making sátiras about the gringo accent, and that on a website. It is funny to listen it.

We left Otávio Rocha at 8:30 in a cold morning. I would was wearing a large shorts and feeling cold in the legs and Alberto was wearing tight pants of cyclists. Although I will buy one of these tight pants for next winter, wide trousers under glue of the gear, already teared some three when they were free from the socks. As I am gaucho created at the border and very male, I still have a certain constraint to wear those briefs fair. It took two years of pedal to start dress that tight shorts with of sponge etc. ... After liked so much that before the pedals, wearing tight shorts, I do not felt bad of getting the dog pinscher 01 of my daughter to walk in the common area of the building. The danger is that people ends losing their shame and just enjoying it ...

We cycled between gardens and dried up grape trees and down in ashes were wearing out in New Rome. We took such a ladder where we stop at just the ferry that crossed the river from this. It was the Antas river and the ferry, even in the know the name. It is a ferry moved by the the arms, and by the arm of a woman. Movers and stopping of the ferry ride, I returned to thinking thoughts of others. "Give me a lever and a fulcrum and stir the world." (Archimedes)

The rise after the river made me stop the alien thought. I was not interested in how many MW would generate the Castro Alves damn. The Alberto felt free to talk about electrical engineering, because it is formed and graduated in that subject. I just wanted to get out of that hole and come soon in New Rome for lunch. Still, the Endorphin made me imagine a new world in that region wild. A New Rome, whose mayor would be the Raditi, a new pope gringo imported from Europe to enrich the region with a tourism religious preaching the precepts of the new era. Finally a new Italy whose political speeches and debates would do with the accent of Willmutt.

Soon we arrived at New Roma, stopped at a petrol to clean the dirty caramanhola of shit not know that beast that had bounced the wheel. A strong and unpleasant smell. Well washed with soap and water even smell was so encrusted. What has caused to disappear the smell was a smell of good barbecue that had a chimney. We stopped at the bottom of the chimney, in a restaurant full. It was days of parents and had a special lunch there with meat by the most varied and a buffet of ending the regime of anyone. Looking for a place to park the bike I was hurted by a a thorn of cactus in the back, and an unidentified beast bit the hand of Alberto.

After lunch and red wine, we went out there cycling very slowly. Alberto was cycling so slowly that fell down into a hole by inertia. Even so he went in front of me.

Finally at Antonio Prado city. An ice cream at the entrance of the city, in a drink bar seemed to be one of the points of the ballads of the night. Even by day there were cars and motorcycles demoted noisy with its playboys. Thing that made me reminded my homeland 30 years ago. After a visit to the famous historic center of Antonio Prado, we followed the pedal.

To goout drom the city is a ladder, and the rise continues in RS 122 road. A huge and long road until the gorge near the river of Antas. From there to the bridge I reached 40 miles/h on a road in spiral semi-deserted. It passed quickly, all that is good if ends. When I gave in to the bridge and was dead from hunger. I ate some salted biscuits, and I returned to thinking. On the other down so much that both should rise. So this reasoning course I prepared for the continuously climb for five miles that would lead to near Flores da Cunha. It took one hour to get out of that hole. Without a rest, and nothing in the side of the road.

I started to feel the hardness of the new seat in testing. Promised to me that I was going to cycle till the end of the climb without going out from the the bike, pedaling to find some place to take a coke. So I went through that journey without rest, to the misery of back when the bike finally down to take the coke I was similar to the old square is our deaf, had trouble walking and sitting. A coca-cola frozen brought me up. I returned to the bike and sat in the saddle with difficulty spent by the toll without stopping, Alberto was waiting for me there.

We cycled one more sentence to the entrance to Otávio Rocha, began to darken. I cycled the last kilometers in the dark. The Alberto began to feel the knee and stayed behind. I arrived at the inn and immediately began to disassemble the bike in the shadows. I took the two wheels and rool it in a blanket, put in the back seat of the car. After the tie of Alberto in the cross bike we left to Porto Alegre city. In the way we had a dinner on a roadside restaurant, without even talking about the purpose of life. Pedal is for these things.

Total cycled: 105 km

domingo, fevereiro 10, 2008

Guaratuba - Morretes

(in english after the portuguese)



Música: Tranquility Base - Getting Away

A última parte da segunda etapa da cicloviagem de Porto Alegre a Morretes-PR começou num dia nublado e com trovoadas em Guaratuba.
Depois do café da manhã pedalei até a praia de Brejatuba, nas imediações do Morro do Cristo.













A subida do Morro do Cristo era feita somente através de centenas de degraus, e o trem da Serra Verde Exprex partiria de Morretes rumo a Curitiba às 15 hs. Portanto não me demorei na praia.

Por volta das 9:00 hs eu já estava no ferry-boat que atravessa a baía de Guaratuba. A passagem é gratuita para ciclistas e pedestres e o tempo de travessia é de uns 15 min. No ferry-boat encontrei uma aventureira curitibana que vinha percorrendo as praias do litoral do Paraná e Santa Catarina sozinha numa motocicleta.

Subi e desci um pequeno morro para chegar a Caiobá, outra praia importante do Paraná. Em Matinhos peguei a rodovia PR 508. Varios quilômetros na chuva a mais de 25 km/h em meio a uma área de proteção ambiental e logo eu estava chegando na BR 277 pela qual eu já havia pedalado de Curitiba a Paranaguá há algumas semanas.



A chuva passou e o vento a favor incrementaram a velocidade no acostamento largo. Faltavam apenas 24 km para o fim do pedal.



Logo adiante entrei na primeira entrada da rodovia PR 408, uma estrada com alguns aclives leves, sem acostamento mas pouco movimentada que leva a Morretes.



Por volta do meio dia eu estava chegando na estação ferroviária onde comprei a passagem para Curitiba por 24 reais incluido o transporte da bicicleta. A ultima parte do pedal foi depois do almoço e no Centro Histórico de Morretes.













Tomei um demorado banho no Sanitário Municipal do centro histórico. Segundo informações da funcionária, aquele era um dos clássicos pontos de encontro de ciclistas que desciam a serra de bicicleta para depois subir de trem. O local para banho era excelente. Limpo e novo, melhor que o de muitos hotéis em que fiquei hospedado no decorrer da cicloviagem.
Antes das 15 hs eu já estava na estação ferroviária. Os funcionários da ferrovia me ajudaram a colocar a bicicleta no trem, num vagão especial para carregar bicicletas.
Entrei no vagão de passageiros e depois de um sino e um apito o trem deu partida num "tlac tlac" rumo à mais fantástica viagem em meio à natureza selvagem que já fiz em todos esses anos de locomoção através dos mais variados meios de transporte.



Cheguei na estação ferroviária de Curitiba às 18 hs. A estação rodoviária ficava do outro lado da rua. Retirei a roda dianteira e embalei a bicicleta com alforje e tudo. Às 19 hs peguei um ônibus da empresa Penha direto para Porto Alegre, pagando 15 reais pelo transporte da bicicleta.

Fui lembrando dos trechos marcantes da viagem que começou na manhã de uma sexta-feira junto com o Alberto e rumo a Taquara.
Vieram imagens da chuva persistente, dos jogos de sinuca em Cambará do Sul, da descida da serra da Rocinha até Turvo, e finalmente a chegada na temida BR 101 e o tombo.
A manhã lagarteando na praia de Imbituba e a chegada triunfante em Florianópolis.
Os dias de descanso com a familia, e a decisão implacável de seguir viagem sozinho o longo trecho até São Francisco do Sul.

Pessoas e fatos que se sucederam nos 850 km de pedal foram desfilando na minha mente até que dormi profundamente. Acordei em Porto Alegre às 7 hs da manhã, desembalei e montei a bicicleta e fui para casa pedalando.


Guaratuba beach - Morretes city

The last part of the second stage of cycletrip from Porto Alegre to Morretes cities began with a cloudy day and thunderstorms. After the breakfast on the beach of Guaratuba I made a ride until near the Christ hill. I was already missing the trip of 850 km that would be overcome in that day. The rise of the Christ Hill was made only through hundreds of steps, and the Sierra Green Exprex was going to leave Morretes towards Curitiba at 15 hs. So I didn´t spend many time on the beach. Then from 9:00 am I was already on the ferry boat that crosses the Bay of Guaratuba. The transition is free for cyclists and pedestrians and the time of crossing is a 15 min. In ferryboat I found a girl from Curitiba city that was making an adventure that came through the beaches of the coast of Parana and Santa Catarina alone on a motorcycle.
I passed by a small hill to reach Caiobá, another important beach of Parana state. In Matinhos beach I caught the highway PR 508. Several kilometers in the rain for more than 25 km / h in the midst of an area of environmental protection and soon I was arriving in BR 277. The rain stoped and the wind decreased, i got a good speed.
Was lacking only 24 km to the end of the pedal. Once below joined on the first entry of highway PR 408, a road with some light climbs without sidewalk but little busy, that leads to Morretes. Around the noon I was arriving in the railway station where I bought the ticket to Curitiba city for 24 reais included the transport of the bike. The last part of the pedal was after lunch in the historic centre of Morretes. I took a bath in the Municipal Bathroom of the historic centre. According to information, that was one of the classic points of meeting that cyclists who were comming down the mountain on a bicycle and then was going to climb by train. The site was excellent for a shower. Clean and new, better than many of the hotels where I stayed during the trip. Before the 3 pm I was already at the railway station. Employees of the railroad helped me to put the bike on the train, in a special wagon to load bicycles.
I Entered on the passenger wagon and then a bell and wristle and took the train from a "tlac tlac" towards the more fantastic journey in the midst of wild nature that I have done in all these years of locomotion through a variety of means of transport.
I arrived at the railway station of Curitiba at 18 pm. The road station was across the street. I took off the front wheel and put the bike in a big bag with the bag and everything. At 7 pm I caught a bus directly to Porto Alegre.
I was remembering the remarkable stretches of the journey that began on the morning of a Friday along with Alberto towards Taquara city. Came images of persistent rain, the games of pool in Cambará South, the descent of the Rocinha mountain range until Turvo, and finally the arrival in the feared BR 101 railway and the fall. The laid morning on the beach in Imbituba and triumphant arrival in Florianopolis city. The days of rest with the family, and ruthless decision to follow travel alone the long stretch until São Francisco do Sul city. People in suits who succeeded in those 850 km of pedal were passing by my mind until I slept deeply.
I awoke in Porto Alegre city at 7 am in the morning, umpacked and set the bike and went home cycling.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

São Francisco do Sul - Guaratuba

(in english after the portuguese)



Musica: Tranquility Base - Getting Away

Choveu a madrugada toda em São Francisco do Sul.
Acordei cedo com intenção de visitar os museus Nacional do Mar e Histórico Municipal.
Depois do café da manhã deixei o hotel e pedalei na chuva até a casa "dos parafusos" para comprar dois parafusos que haviam se soltado do pedal esquerdo. Aproveitei para passear no porto e calibrar os pneus num posto de gasolina.



Fui até o Museu Histórico Municipal. Era uma espécie de casarão antigo cuja fachada dava direto para a calçada. As portas e janelas fechadas a princípio me levaram a crer que o museu não estava em funcionamento. Empurrei a enorme e pesada porta da frente que foi se abrindo num rangido. Um senhor idoso me atendeu por uma fresta. Senti um cheiro de coisas velhas, a penumbra e a secura no interior do museu. Percebi que seria complicado eu entrar ali respingando água, além do mais não havia onde deixar a bicicleta. Resolvi fazer a visita apenas no Museu Nacional do Mar.

Uma funcionária simpática do Museu Nacional do Mar se prontificou de cuidar da minha bicicleta enquanto eu fizesse a visita. Haviam vários turistas circulando por ali, apesar da chuva. Tirei a jaqueta impermeável e as luvas encharcadas e iniciei a visita.



O Museu fica num prédio antigo em forma de U e tem o aspecto de um labirinto de dois andares com setas indicativas da saída. Percorre-se o labirinto seguindo as indicações das placas, passando-se por inúmeras salas cada qual com sua temática. Eu tinha uma certa pressa pois pretendia pegar a lancha que saía às 11:30 hs para Vila Glória, que fica no continente. Percorri o museu rapidamente e fui para a lancha que já estava atracada num trapiche no centro histórico.



Paguei uma quantia irrisória, mais dois reais para transportar a bicicleta, e entrei na lancha. Pontualmente a lancha zarpou para o outro lado da Baía de Babitonga com rapidez.






Sentado num banco no interior da lancha e abrigado da chuva rala fiquei escutando um senhor falando para uma platéia dos tempos passados, quando não havia lancha a motor e ele costumava a atravessar a baía remando. Disse que era comum o barco a remo virar com a força das ondas e que havia uma técnica para desvirar o barco no braço que somente marinheiros fortes e experientes conheciam.

Chegando do outro lado, depois de percorrer um longo trapiche, encontrei um restaurante simples em Vila Glória onde me serviram o tal de prato "comercial", na verdade um prato "feito".



Através de informações fui saindo de Vila Glória por uma estrada pésssima, na chuva e contra o vento.



Parei num posto para pedir informações que confirmassem o caminho e me disseram que eu teria uma longa jornada pela frente não tanto pela distância mas pelas condições da estrada.
Seriam 20 km de pedal num areial fofo e paradoxalmente cheio de costeletas duras.
Como sou otimista fiquei feliz por estar pedalando ali numa tarde de verão.



Apesar dos pesares mantive uma velocidade de uns 10 km/h e fui me afastando de Vila Gloria, entrando num deserto humano, não havia nada na beira do caminho exceto árvores e manguezais.
Uma caminhoneta ford que ia no mesmo sentido passou por mim e parou. O motorista me ofereceu carona e para a surpreza dele agradeci a oferta.
Afinal eu estava ali para pedalar e vencer desafios. Alguns ítens estavam desfavoráveis mas havia um certo prazer de se pedalar naquele deserto, respirando ar puro em meio à natureza, mesmo na chuva. Além disso eu não estava cansado, nem a bicicleta tinha problemas mecânicos. Por esses motivos recusei a oferta com um muito obrigado.


Em breve eu estava chegando nas proximidades da prefeitura de Itapoá e entrando no asfalto. Foram cerca de 20 km de pedal naquela estrada arenosa.
Parei num restaurante para tomar um refrigerante e continuei a viagem. Pedalei vários quilômetros na beira duma praia urbanizada e quando pensei que estava saindo da cidade eu estava entrando na zona nobre, uma longa avenida perpendicular ao mar repleta de restaurantes.



Depois disso entrei numa estrada asfaltada totalmente deserta no meio duma espécie de área de proteção ambiental e que atravessa a divisa do estado de Santa Catarina com o Paraná.



Mais uns 20 km de pedal com um vento lateral que fazia a chuva entrar no meu ouvido direito. Alcancei perpendicularmente a rodovia PR 412 que leva a Guaratuba onde peguei um forte vento contra e mais chuva.
Cheguei em Guaratuba por volta das 16 hs literalmente debaixo dágua, pedalando nas ruas alagadas.



Procurei um hotel bom e barato e achei um por 25 reais com café, almoço e janta, uma raridade que aparece em tempo feio intermitente nas altas temporadas das praias badaladas. Segundo informações, chovia há sete dias sem parar na região.





Distância Pedalada: 60 km
Vm: 15 km/h


São Francisco do Sul city - Guaratuba beach

It rained the whole morning in São Francisco do Sul city. I awoke early with the intention of visiting the National Museum of the Sea and History Hall.
After breakfast i cycled in the rain until I find the house "of the screws" to buy two screws that had unlinked from the the left pedal and also i calibrated the tires in a gas station. I gave up from visiting the Historical Museum Municipal.
It was a kind of old house with doors and windows closed that in the principle led me to believe that it was not in operation. I pushed a huge and heavy front door and an old man attended by the half door opened. I felt a smell of old stuff and dryness of the inner of the room. I noticed that it would be complicated to enter there because i was all wet because the rain and also i did not know where to leave the bicycle safe.
I decided make the visit only at the Museum of the Sea. A nice girl that was working in the National Museum of the Sea told me that she could take care of my bicycle while I was making the visit. There were several tourists by moving there, despite the rain.
I took of the wet waterproof jacket and gloves and started the visit. The museum building was a former U-shaped and was looks like a maze of two floors with arrows indicative of the exit. Up through the maze following signs of plates, going up by numerous rooms each with its theme. I had some haste because it wanted to catch a boat at to 11:30 am to the Glory village in the continent.
I stayed in museu not many time and went to the boat that was almost right to leave, in the historic centre and near the National Museum of the Sea. I paid a sum derisory more i dollar to carry the bike and joined in the boat. It left the island very fast to the other side. I was listening in that trip in the boat a gentleman speaking to an audience about the past times, when there was no mecanic boat and he used to cross the channel woth paddles. He said it was common to the boat rowing turn with the force of the waves and that there was a technique for put it in right place again using the arms only, that only strong and experienced sailors knew.
Arriving on the other side I found a simple restaurant where they served the dish called "trade", a dish with rice, bean and fish and some vegetables. Through information was leaving the Gloria village.
I left it by a very bad road, against the wind and under a hard rain. I stopped in a gas station for information confirming that the way was right and a guy told me that I would have a long journey ahead but not so much because the distance but because the road conditions. Would be 20 km in a pedal in soft sand and paradoxically full of hard little climbs like riples. All this against the wind and under rain.
As I am optimistic I was happy to be there cycling in a sumer day. Despite the road i maintened an average speed of about 10 km / h and entered in an human desert, there was nothing in the side of the road.
A pick up ford which was going to the same direction passed by me and reduced speed and0 stopped. The driver offered me ride to carry me and my bike and I thanked him for his surprize. I was there to cycle and win challenges. The conditions were unfavourable but there was a certain pleasure to be there pedalling, breathing clean air in the midst of nature, even in the rain. Also I was not tired nor the bike had mechanical problems. For these reasons i refused the offer with a "thank you".
Soon I was getting near the city of Itapoá and entering the asphalt. It was about 20 km of pedal in the sandy road. I stopped in a restaurant to take a pepsi ant and continued the journey. Cycled several kilometres on the verge of an urban beach and when I thought I was leaving the city I was entering the zone noble, a long avenue perpendicular to the sea, full of restaurants.
Then came a road of asphalt totally deserted in the middle of a sort of reserve that is well in the currency of the state of Santa Catarina with the Paraná. More 20 km of pedal with the wind in side which made the drops of rain come into my right ear.
I reached a perpendicular road that leads to Guaratuba beach where I caught a strong wind against, mixed with rain. I arrived in Guaratuba around 4 pm and literally underneath of water. There were many streets flooded. I looked for a good and cheap hotel and found one one of 13 dollars a day included meat, lunch and morning coffe, a rarity that appears in times of intermittent rain in the high seasons. According to information, it was raining in that region for seven days without stop.


Distance cycled: 60 km
Average speed: 15 km/h

sábado, fevereiro 02, 2008

Florianópolis - São Francisco do Sul

(in english after the portuguese)



Musica: Tranquility Base - Getting Away

Depois da cicloviagem de Porto Alegre a Florianópolis via Cambará do Sul, pedalei até Morretes no Paraná.
A primeira etapa da viagem aconteceu após quatro dias de descanso em Florianópolis onde meus niveis séricos de endorfina voltaram ao normal nas rochas do Costão do Santinho e nas areias da praia do Campeche.

Observando as artes rupestres do Costão do Santinho, decidi pedalar 200 km num único dia, de Florianópolis a São Francisco do Sul.
A idéia era de seguir rumo ao norte e pelo litoral até Paranaguá onde pegaria o trem que vai até Curitiba atravessando o trecho mais preservado de Mata Atlântica do Brasil.
De Curitiba embarcaria num ônibus de volta para Porto Alegre.

Parti da praia do Campeche no dia 28 de janeiro por volta da 8:30 hs. Quando cheguei no centro de Florianópolis começou a chover forte e tive de ficar um tempo abrigado debaixo da ponte Pedro Ivo Campos conversando com um ciclista speedeiro que estava treinando para uma competição.
Assim que a chuva arrefeceu parti num ritmo forte rumo à BR 101 através do bairro Estreito.
Apesar do peso do alforje mantive uma velocidade acima de 30 km/h na BR 101, passando direto por Biguaçu, aproveitando que não tinha vento contra nem a favor.
Pedalei com otimismo crescente até as proximidades de Tijucas onde um vento surgiu de repente, desacelerando a velocidade.
Fiz algumas paradas nas proximidades da Praia de Itapema e logo continuei a viagem a uns 20 km/h contra o vento insistente. Muito pedal e paradas rápidas, me fizeram recordar as provas de longa distância do Audax.





Quase na metade do caminho e eu ainda não me sentia cansado, mas o vento forte prenunciava um temporal e tirava um pouco o prazer do pedal, isso me fez pensar em mudar os planos para um pernoite em Barra Velha.

Cheguei no tunel do Morro do Boi em Balneário Camboriu ao meio dia com cerca de 85 km pedalados.





Em Balneário Camboriu fiz uma parada para o almoço sem entrar na cidade.

Já havia pedalado bastante em Balneário Camboriu e arredores por ocasião do campeonato mundial de mountain bike de 2005 quando eu e o amigo Jessé tivemos um encontro histórico sobre duas rodas. Fomos de bicicleta até a praia de laranjeiras para assistir o campeonato, entre outros pedais curtos.
Naquela ocasião, depois de umas garrafas de cerveja, parti no meio da tarde para bombinhas retornando à noite e de carona em uma belina porque o pneu traseiro da minha bicicleta sundown shimanimal havia rasgado em Itapema. A partir daí nunca mais pedalei para longe sem levar pneu reserva.





Depois do almoço rápido em Balneário Camboriu segui meu pedal na velocidade básica de 20 km/h contra um vento cada vez mais forte, passando às margens de Itajaí, Navegantes, e para além de Barra Velha, esquecendo por completo da idéia de pernoitar por lá.
São Francisco do Sul voltou a ser a meta do dia.





Pedalei quase sem parar até a BR 280 que liga S. Francisco do Sul e Jaguaruna perpendicularmente à BR 101, onde começou a chover.
Uma chuva forte que me obrigou o uso da jaqueta impermeável. Pelo menos o vento cedeu um pouco e pude retomar uma velocidade acima dos 25 km/h. Passei por Araquari e fui até o Canal do Linguado a partir do qual entrei na ilha de São Francisco.



Mais adiante parou de chover, e logo adiante recomeçou. A chuva ia e vinha de forma esporádica até que se estabilizou num temporal quando eu ia chegando definitivamente e finalmente próximo a São Francisco do Sul.



Entrei no perímetro urbano com uma chuva forte por volta das 18:30 hs.
Como ainda era dia fiz um passeio turístico na chuva aproveitando para procurar um lugar para dormir.




Aos tateios passei pelo porto e fui parar no centro histórico.
Em determinado ponto do pedal eu já estava querendo mesmo parar de pedalar, me proteger da chuva, tomar um banho quente e me secar. Portanto não vasculhei muito o preço nem fiz comparações de preco/qualidade de hotéis indo ficar no Hotel Kontini no centro histórico de São Francisco do Sul.



Distância Pedalada: 200 km
Vm: 22 km/h


Florianópolis city - São Francisco do Sul city

After the trip from Porto Alegre to Floranópolis city by Cambará do Sul city, I cycled until Morretes city in Parana state.
The first stage of the trip occurred after four days of rest in Floripa city where the levels of serum endorfine returned to normal on the sands of Barra da Lagoa beach and rocks of the Costão do Santinho.
Looking to the the rupestre arts of Costão, I decided to pedal 200 km in a single day, from Florianopolis to São Francisco do Sul city.
The complete plan was to follow towards the north and by the coast until Paranaguá where i was going to take the famous train up to Curitiba city and crossing the stretch more preserved of the Atlantic Forest of Brazil. From Curitiba city i would take a bus back to Porto Alegre city.


I left the beach of Campeche on January 28 around 8:30 am. When I arrived in the centre of Florianopolis it began raining strong and I had to be a time sheltered under the bridge where i talked to a cyclist who was training for a competition.
Once the rain cooled i went in a strong pace towards the BR 101 through the village of Estreito.
Spite the weight of the bag i cycled in a speed above 30 km / h on the BR 101, passing directly by Biguaçu, taking advantage which had not wind against the motion. I was in that rhythm and with growing optimism to the vicinity of Tijucas where a wind came up suddenly, making me decrease the speed.
I made some stops at the Beach, and nearby Itapema and then continued to travel some 20 km / h against the wind insistent.

I was in that rhythm with a few stops and much pedal, so this trip from Florianopolis to São Francisco do Sul was a half-style Audax.

Almost in the middle of the road and I had not yet I felt tired, but the strong wind showed that would come a storm and it was taking a little of the pleasure of the pedal, it made me think about changing the plans for an overnight at Barra Velha beach instead S. Francisco.

I arrived at the tunnel of the Bull in Camboriu beach in at noon with about 85 km cycled.

In Balneario Camboriu made a stop for lunch without entering the city.
I had yet cycled in Camboriu and surroundings at the world championship of mountain bike in 2005 when I and my friend Jessé had a historic meeting on two wheels. We were cycling to the beach to watch the championship in Orange beach, among other pedals for short vicinity.
On that occasion, after a few bottles of beer, i cycled the middle of the afternoon to bombinhas returning at night and ride in an old car because my rear tire had tears in Itapema beach. From there never cycled away without taking tire reserve.

So after lunch in Camboriu beach i went cycling at so so 20 km / h against an increasingly strong wind, passing the banks of Itajaí, Navegantes, in addition to Barra Velha beach, forgetting completely the idea of stay there. São Francisco do Sul was once again the target of the day.

I was cycling almost without stopping until the viaduct of the BR 101 which leads to S. Francisco do Sul and Jaguaruna where it began raining.
A heavy rain that forced me to use the waterproof jacket. At least the wind eased a bit and could resume a speed above 25 km / h. I cycled through the bar of S. Francisco and so i entered in the island finally.

Further before rain stopped and then resumed later to rain. The rain came and went so sporadic that was stabilized when I was finally arriving close to San Francisco.

Entered in the urban perimeter with a strong rain around from 6:30 pm. As it was still day I made a trip tour in the rain drawing to search for a place to sleep.

I stop in the historic centre in a hotel of medium quality.
In that particular point of the pedal all i wanted was protect me from the rain, take a hot shower, dry me and stop pedaling. So not much looked for many hotels nor made comparisons of price / quality of hotels going up in the Hotel Kontini in the Historic Centre of São Francisco do Sul city.

Distance cycled: 200 km
Average speed: 22 km/h