segunda-feira, junho 26, 2006

Pedal até Águas Claras (Viamão-RS)

(in english after the portuguese)

Pedal até Águas Claras (Viamão-RS)

Eu já tinha pedalado até Águas Claras (Viamão-RS) mais de dez vezes. Tinha inclusive feito um desafio pessoal: a cada vez que fosse até lá, minha velocidade média teria de ser maior que a da vez anterior. O desafio era só na ida, que tem mais subida. Na volta sempre pedalei sem me preocupar com velocidades.

Uma vez cheguei em Águas Claras com uma velocidade média de 27,3 km/h, e aí estacionei. Nunca mais consegui ultrapassar essa média.
Por fim desisti do desafio, com a desculpa de que para se sair de Porto Alegre tem tráfego intenso de veículos, e que um pedal desvairado pode acabar em acidente.
De tanto ir a Águas Claras pedalando, parecia que esse pedal era insosso, quase sempre pedalava até lá por obrigação e treino. Ia mais para dar uma reparada na propriedade da minha família num condomínio de pequenos sítios. Era mais econômico ir de bicicleta.

Durante a semana eu acertei um passeio até Águas Claras com três companheiros de pedal: o seu Pedro, o Maurício e o Alberto.
A meta era sair logo depois do almoço e voltar no fim da tarde. Como sempre, eu aproveitaria a viagem para resolver alguns problemas. Dessa vez iria lá para pagar o condomínio e averiguar um vazamento na caixa d'agua.

Depois de tudo acertado eu fui o primeiro a desistir do pedal devido a uma festa junina no clube Geraldo Santana. Essa desistência teve um efeito dominó.
O Alberto, que a princípio achava que não poderia ir, me ligou no início da tarde de sábado perguntando se o pedal sairia ou se estava saindo.
Eu disse que tinha sido cancelado, mas que dependendo da festa junina, que por fim tinha se transfigurado num conserto de encanamento do banheiro do meu apartamento, eu poderia pedalar mais tarde.

Por volta das 15 hs eu confirmei o pedal até Águas Claras com o Alberto.
Alertei o Maurício sobre a desistência da desistência.
-Estamos saindo dentro de meia hora.
-Surgiu um problema na bike, preciso arrumar isso antes.

Ele disse que precisaria passar na oficina da loja bike sul para consertar o movimento central da bicicleta. Estava já meio tarde, assim ficaria difícil.

Não avisei o seu Pedro, pois sabia que ele estaria recepcionando um amigo ciclista com um peixe frito num disco de arado no início da noite. A previsão do retorno era incerta, o pedal estava com cara de gauchada, afinal seriam cerca de 70 km de pedal e tem escurecido às 18 hs.

Às 15:30 hs me encontrei com o Alberto num posto Ipiranga da Avenida Bento Gonçalves para dar início ao pedal.

Depois de tantas pedaladas até Águas Claras sem olhar para os lados, dessa vez foi diferente.
Não sei se era vontade de pedalar, ou se fui com outros olhos – meu oculista diz que preciso usar óculos - só sei que logo de saída pude observar melhor a paisagem e fazer turismo onde a rotina e a monotonia haviam tomado conta.

Passamos pela faculdade de Agronomia, por onde eu já tinha passado inúmeras vezes. Onde ia almoçar no restaurante universitário (RU) ali perto, nos tempos da faculdade. Diziam que a comida do RU dali era a melhor de todos os RUs da UFRGS. Mais tarde ia visitar aquela que seria minha esposa na casa do estudante da agronomia, tudo ali naquele trecho.



Cruzamos o pontilhão sobre o arroio dilúvio, que separa Porto Alegre de Viamão.
Depois veio a lomba do sabão. Antigamente parecia enorme. Hoje ficou pequena, mesmo subindo ela de bicicleta. De tanto pedalar na serra gaúcha, qualquer lomba na zona metropolitana se torna pífia - e Porto Alegre tem muito morro. Essa questão é relativa.



O Parque Saint'Hilaire, onde ia fazer churrasco com a família. O parque é bem grande. Sua área é de mais de dez mil metros quadrados, mas apenas vinte por cento é destinada ao público. Já pedalei lá por dentro fazendo trilhas com uma turma de mountain bikers.



Passamos no bairro Viamópolis onde tive minhas primeiras impressões da zona metropolitana. Sempre que vinha a Porto Alegre quando era guri, ficávamos na casa do meu tio na beira da RS 40 no em Viamópolis.

As lembranças estavam fluindo neste dia, o pedal tinha se tornado uma recordação do passado e então pude fazer turismo retrospectivo.
Falei para o Alberto:
-Vamos entrar na cidade e seguir até o pedágio por uma estrada de terra paralela à RS 40. Quando venho da praia e tem engarrafamento pego essa estrada.
-Tudo bem.

Entramos na cidade, o tráfego de veículos era intenso.
Pedalamos até a Igreja Nossa Senhora da Conceição, uma das igrejas mais antigas do Rio Grande do Sul.

Eu já tinha ido naquela Igreja inúmeras vezes, tinha inclusive feito um curso de liturgia ali há vários anos. Mas hoje percebi que o velho pode se transformar em novo, dependendo do ponto de vista.
Alguns detalhes da igreja foram registrados pela minha câmara fotográfica do telefone celular.











Seguimos o pedal, passamos pelo bairro Estalagem e entramos na estrada de terra que vai até a localidade de Passo do Vigário.
É uma estrada bucólica cheia de tradição. Ali passamos por alguns CTGs e gaúchos pilchados montados a cavalo.





Assim fomos até dois pontilhões sobre um arroio que ainda vou descobrir o nome. O Alberto se esticou sobre a trek para olhar lá embaixo. De um lado do pontilhão o agito das águas, do outro, acalmaria.





Logo adiante estava a entrada da Escola Técnica de Agricultura (ETA) com sua alameda de plátanos. Não resisti e tive de pedalar entre as velhas árvores.





Já tinha passando por aqueles pagos algumas vezes. Sempre me chamara a atenção um grupo de pés de eucaliptos. Uma amiga disse certa vez que o pé de eucalipto é uma árvore vampira. Talvez porque costumávamos passar por ali sempre de noite e daquela vez a lua estava cheia, fazendo com que os troncos branco-azulados refletissem a luz prateada. Isso dava a impressão de uma lúgubre palidez.

Enfim chegamos ao Passo do Vigário. Pedalamos por uma rua estreita e decidimos seguir adiante, pois não queríamos retornar muito tarde.
A localidade tem esse nome devido ao fato de que um dos padres jesuítas que pregava na região morreu afogado num arroio.
Logo depois passamos pela Escola Canadá, onde está localizado velho prédio da estação experimental da antiga escola de engenharia de Porto Alegre. Pelo aspecto, esse prédio parece mal-assombrado.



Seguimos o pedal passando pelo parque de exposições Bento Gonçalves e por lugares silvestres até a RS 40.



Ali voltamos a pedalar no asfalto, seguindo em direção a Águas Claras.



Entramos no condomínio de sítios, falei com alguns amigos que moram por lá, resolvi alguns problemas e fomos pedalar nas estradas de chão que passam entre imponentes figueiras e casas de madeira de lei.



Depois de falar com a síndica, parei um pouco de pedalar, tomei um trago de canha de alambique e comi umas bergamotas. A canha era forte, as bergamotas adocicadas.
Por fim enchi uma sacola de bergamotas e amarrei no bagageiro da volare boxxer. Aquilo pesava no mínimo uns cinco quilos.



Estava quase escurecendo quando saímos de lá. Havia uma barra alaranjada no leste, um belo final de por de sol.

Entramos na RS 40, pedalamos até o pedágio. A partir dali o Alberto foi se distanciando até sumir. Para se chegar em Viamão tem algumas subidas, minha carga de bergamotas era pesada.

Escureceu. Apesar de ter ligado o farolete, fui pedalando quase no escuro até o posto Texaco da entrada de Viamão. Lá estava o Alberto me esperando com uma pepsi gelada.
Sentamos na calçada e conversamos sobre vários aspectos da vida.

Seguimos juntos a partir dali. As subidas eram de pouca monta. Aceleramos a quase 30 km por hora.

Sempre que vou a Águas Claras de bicicleta é normal aparecer pelo menos um ciclista de boné disposto a competir. Eles passam a toda velocidade, depois reduzem até a gente passar por eles novamente. Assim eles seguem, demonstrando a intenção de fazer uma corridinha. E dessa vez não foi diferente.

Três ciclistas de boné passaram por nós a mais de 30 km por hora. O Alberto partiu no encalço deles e eu fui de atrás. Mas estava difícil de ultrapassá-los. Acabamos formando um pelotão de cinco, a alta velocidade, até chegarmos nas proximidades de Viamópolis, onde começa a descida que só acaba em Porto Alegre.

Atingimos mais de 50 km/h e um dos ciclistas de boné que era mais lento nas descidas ficou para trás. Os outros esperaram. Assim, eu e o Alberto desaparecemos na frente.

Empolgados com a corrida, seguimos no mesmo ritmo, acima de 30 km/h, pela Avenida Bento Gonçalves e Ipiranga. Paramos nas proximidades do supermercado Záffari onde nos despedimos.

Cheguei em casa e olhei o relógio: 19:30 hs. Tinha pedalado 70 km exatos, segundo o ciclocomputador.


Cycling until Aguas Claras (Viamão -RS)

I already had cycled until Agras Claras, district of Viamão city more than ten times. I had also made a personal challenge: to each time that I went until there, my average speed would have to be bigger that of the previous average. The challenge was only to go there because to go there are more ascents. To come back I didn´t worry with speeds.

Some time I arrived in Aguas Claras with an average speed of 27,3 km/h, and i coud not make bether than this before. I gave up from the challenge, with the excuse of that to leave Porto Alegre city there are an intense traffic of vehicles, and that a crazy pedal can finish in an accident. I went too many times there that this trip was untaste, I only used to cycle until there for obligation and trainings.
It went more there to give a saw in the property of my family in a condominium of very small farms. Also it was more economic to go in a bicycle.


During the week I made right a stroll until Aguas Claras with three friends of pedal: Mr Peter, Maurício and Alberto. The goal was to leave soon after the lunch and coming back in the end of the afternoon. As always, I would use to advantage the trip to decide some problems. In this time I would go there to pay the condominium and to check an emptying in the box of water.


After everything be right I was the first one to give up from the pedal due to a saint John party in the club Geraldo Santana. This desistance had a dominoes effect. Alberto, that in the principle found that he could not go, called me at the beginning of the afternoon of Saturday asking if the pedal would leave or if it was leaving. I said that I had been cancelled, but that depending on the party, that had been changed into a work of fixing the plumbing of the bathroom of my apartment, I could cycle later.


At 15 hs so so I confirmed the pedal until Aguas Claras to Alberto. I alerted the Maurício on the desistance of the desistance.

- We are leaving in a half hour.
- Appeared a problem in my bike. I need fix it before to leave.

He told that he would need to go to a in the workshop of the "bike sul" store to fix the central movement of the bicycle. He was already half late, thus it would be difficult.


I did not inform Mr Peter, because he was going to receive a biker friend to make a fried fish in the beggining of the night. The forecast of the return was uncertain, the was almost appearing a "gauchada", after all we would need to cycle about 70 km and at 18 hs becomes gloomy.


It was 15:30 hs when I met Alberto in a Ipiranga gas station in the bento Gonçalves Avenue to begin the trip.

After as many trips cycling Aguas Claras without looking to the sides, this time was different. I do not know if it was a strong desire to cycling, or if I was with other eyes - my oculist says that i need eyeglasses - I only know that since we began the trip i could observe the landscape better and make tourism where the routine and the monotony had taken place.

We passed by the college of Agronomy, where I already had past innumerable times. Where I used to go lunch in the university restaurant (RU) near there, in the times of the college. They said that the food of the RU from there was the best of all in the RUs of the University. There later it went to visit that one that would be my wife, in the house of the student, everything in that stretch.


We crossed a small bridge on the dilúvio little stream, that separates Porto Alegre from Viamão cities. Later we took the "hill of the soap". It in ancient times appeared enormous. Today it is small, even thought climbing it in a bicycle. i ciclet too much in the gaucho mountain rain that any hill in the metropolitan zone turns small - and Porto Alegre city has much mount. This problem is relative.

The Saint'Hilaire Park, where Iused to go make barbecue with my family. The park is big. Its area has more than ten a thousand square meters, but only twenty percent is destined to the public. I Already cycled there inside, making tracks with a group of mountain bikers.

We passed in the Viamópolis quarter where I had my first impressions of the zone metropolitan. Whenever it came the Porto Alegre when he was little boy, we used to stay in the house of my uncle in the side of RS 40 road in Viamópolis quarter.

The rememberings were flowing on this day, the pedal had became a memory of the past and then I could make retrospective tourism. I spoke to the Alberto: - Let´s enter in the city and to follow until the toll for a parallel land road to RS 40 road. When I creturn from the beach and the road is bottling I catch this road. - That´s ok.
We entered in the city, the traffic of vehicles was intense. We cycled until the Church Ours Lady of the Conceição, one of the oldest churches of the Rio Grande do Sul state.


I already had gone in that Church innumerable times, I had also made a liturgy course there some years ago . But today I perceived that the old one can be changed into new one, depending on the point of view. Some details of the church was registered by my camera of the cellular telephone.

We followed ahead in the trip. We passed for the Estalagem quarter and took a land road that goes until the locality of Step of the Vicar. It is a full bucolic land road, full of tradition. There we passed for some CTGs and typically dressed gauchos mounted in horses.

Thus we were until tho small bridges that crossed a little stream that still I need to discover the name. Alberto strained himself on trek bicycle to look down there. Of a side of the bridge, agitate it of waters, of the other side, calm waters.

Soon ahead was the entrance of the School Technique of Agricultura (ETA) with its tree-lined avenue of platanos trees. I did not resist and I had to cycle between the old trees.

I already had crossed that lands many times. Something that always called me the attention was a group of eucaliptos. A friend said certain time that the eucalipto is a vampire tree. Perhaps because we used to to pass by that way always of night and in that time the moon was full, making with that the white-bluish trunks reflected the light silver-plated. This gave the impression of a dismal pallor.

At last we arrived at Passo of the Vicar. We cycled for a narrow street and we decided to go ahead soon, therefore we did not want to return very late to home. The locality has this name due to the fact of that one of the Jesuit priests who nailed in the region died drowned in a little stream. Soon later we passed for the Canada School, where the building of the experimental station of the old school of engineering of Porto Alegre city is located. For the aspect, this building seems have ghosts inside.

We followed the pedal passing by the park of expositions Bento Gonçalves and by wild places until RS 40 road.

There we come back to bicycle in asphalt, following in direction Águas Claras district.

We entered in the condominium of very small farms, I spoke with some friends who live there, I solved some problems and we went to cycle in the soil roads that pass between imponent figueiras trees and houses made with good wood.

After speaking with the syndic, I stopped a little of cycling, I took a few water fire and I ate bergamots. The water fire was strong, the bergamots sweet. Finally I fulled a bag with bergamots and I moored it in the baggage compartment of volare boxxer bicycle. That weighed one five kg at least.

It was almost becoming gloomy when we left there. There were an orange color bar in the east, a beautiful end of sunset.

We entered in RS 40 road and we pedalamos until the toll. From there Alberto was taking distance from me until disappearing.

To arrive in Viamão there are some ascents, my bergamot load was heavy.

It became gloomy. Although I have a light, I was cyclicng almost in the dark until the Texaco gas station, in the entrance of Viamão city. There Alberto was waiting for me with a pepsi.

We seated in the sidewalk and we talked about some aspects of the life. We follow together from there. The ascents were of little account. We speed up 30 km/h.

Every time i go to àguas Claras district cycling it is normal to appear at least a bikerusing a cape and wanting to compete. They pass to all speed, later reduce until we pass again for them. Thus they follow, demonstrating the intention to make a little race. And in this time was not different.


Three bikers using caps in head had passed for us biking at more than 30 km/h. Alberto left in the pursuit of them and I went behind him. But it was difficult to exceed them. We finished forming a five squad, high speed, until arriving in the Viamópolis neighborhoods, where the descending starts and only finishes in Porto Alegre city.

We reached more than 50 km/h and one of the ciclistas of the cap that was slower in the descendings was backwards. The others decided to wait him. Thus, I and the Alberto disappeared in the front. We followed in the same in rhythm, above 30 km/h, for the Bento Gonçalves and Ipiranga Avenues. We stoped in the neighborhoods of the Záffari supermarket where we told bye to each other.

I arrived at house and looked to the clock: 19:30 hs. I had cyled 70 km accurate, according to cyclocomputer.

terça-feira, junho 20, 2006

Passeio em Bento Gonçalves (RS) - Terceira Parte

(in english after the portuguese)


Passeio em Bento Gonçalves (RS) - Terceira Parte

Stroll in Bento Gonçalves city - Third Part

Saímos pedalando do pórtico da entrada da cidade e logo entramos no Vale dos Vinhedos por um longo declive forrado com paralelepípedos na Linha Leopoldina. Depois do declive havia um aclive circundado por parreirais. Eram cerca de duas horas da tarde, as vinícolas normalmente oferecem vinhos para degustação até as cinco horas.

O Vale dos Vinhedos é a primeira região do Brasil a obter a indicação de procedência de seus produtos, exibindo o Selo de Controle em vinhos elaborados pelas vinícolas associadas.

Saborear vinhos é uma arte. Quem quer saber mais sobre essa arte, leia as páginas do blog Sun's island e depois faça uma visita sem pressa ao Vale dos Vinhedos.

Paramos em várias vinícolas para degustar os mais variados tipos de vinhos. Os ambientes no interior das vinícolas eram acolhedores, como na vinícola Marco Luigi e Dom Cândido.

We left the porch of the entrance of the city and soon we entered in the Valley of the Vineyards for a long declivity lined with parallelopipeds, in the Leopoldina Line. After the declivity there was a descent surrounded by vineyards. It was so so two pm, factories of wine (canteens) normally offer wines for degustation until the five hours oclock.

The Valley of the Vineyards is the first region of Brazil to get the indication of origin of its products, being shown the Stamp of Control in wines elaborated for the factories of wine associated.

Savour wines is an art. Who wants know more about this art, read teh pages of the blog Sun´s island and after make a visit in the Valley of the Vineyards.

The inner of the canteens are confortable, as in the canteens Marco Luigi and Dom Cândido.


Os bons vinhos são envelhecidos em barris de carvalho. O vinho é fabricado e depois fica descansando nos barris para obter o gosto característico de madeira. Os barris de carvalho normalmente procedem dos Estados Unidos e Europa.

Dava para se ver grandes pipas de madeira nas vinículas, como as da Casa Valduga.

The best wines are aged in barrels of oak . The wine is made and after stay resting in the barrels to get the caracteristic taste of wood. The barrels of oak normally are from USA and Europe.

We could see big barrels in the canteens, as in the Valduga House.


Saímos da estrada de paralelepípedo e pegamos um asfalto.

We left the road of parallelepiped and we took an asphalt.


Às margens da estrada estavam os parreirais.

In the edges of the road there were the vineyards.

Degustamos vinhos também nas vinícolas Larentis e Vallontano.

No final do percurso eu estava levemente embriagado. Isso não interferia no equilíbrio ciclístico, apesar de seguirmos pedalando não muito rápido.

We tasted wines also in canteens Larentis and Vallontano.

In the end of the trip I was lightly tipsy, but it did not intervene with the cycling equilibrium, although we were cycling not much fast.

Nas proximidades da capela Nossa Senhora de Pompéia saímos da estrada principal asfaltada e pegamos um atalho por uma estrada de paralelepípedos. Era uma longa e inclinada subida que só acabou no pórtico da entrada da cidade.

Às cinco e trinta da tarde chegamos de volta ao pórtico de Bento Gonçalves com um total de 58 km pedalados.

O pedal foi relativamente curto, mas repleto de altos e baixos - sobe e desce elevações, paralelepípedo, estrada de terra.
Portanto, apesar da baixa velocidade média, das paradas para fotos e degustação de vinhos, no final das contas esse não foi um pedal muito fácil.

Pedalamos do pórtico até o shopping center, acomodamos as bicicletas na caminhoneta e rumamos de volta para Porto Alegre. Paramos na casa das cucas nas proximidades do município de Portão. Chegamos em Porto Alegre às oito horas da noite.

In the neighborhoods of the chapel Ours Mrs. of Pompéia we left the tarred main road and took a shortcut for a parallelopiped road. It was a long and inclined ascent that only finished in the porch of the entrance of the city.

We arrived at 5:30 pm again in the porch of Bento Gonçalves city with a total of 58 kilometers cycled.

The pedal was relatively short, but full of highs and lows - it went up and down, parallelopiped, road of land. Therefore, although the low average speed, the stops for photos and degustation of wines, in the end of the accounts this was not a very easy pedal.

We cycled from the porch to the shopping center, we accomodate the bicycles in the pick up truck, and returned for Porto Alegre city. We stoped in the house of the candy bread, in the neighborhoods of the Portão city. We arrived in Porto Alegre at 8 pm.

segunda-feira, junho 19, 2006

Passeio em Bento Gonçalves (RS) - Segunda Parte

(in english after the portuguese)


Passeio em Bento Gonçalves (RS) - Segunda Parte

Stroll in Bento Gonçalves city - Second Part

Saímos da Casa das Massas pedalando por uma estrada de terra vicinal que sobe e desce os morros entre o distrito de São Pedro e Bento Gonçalves.

We left the House of the Pasta cycling for the vicinal land road that went up and went down the mounts between the district of Saint Peter and Bento Gonçalves city.



É uma estrada bucólica que passa entre parreirais e sítios muito originais e simples. Pude sentir o cheiro e o sabor da terra, na natureza quase agreste.

It is a bucolic road that goes between vineyards and and very simple small farms. I could feel the flavor and taste of the land, in the almost rustic nature.

Haviam subidas bastante íngremes. Numa destas, ou a roda traseira patinava nos cascalhos, ou a roda dianteira empinava. Cheguei a ponto de andar para trás e depois beijar a terra e me sujar um pouco, num tombo suave em câmara lenta. Meu contato com a terra foi pleno.

There where a lot of steep ascents. In the one of these, or back wheel it slided in gravels, or the front wheel raised. I arrived the point of cycling backwards and later kissing the land and dirty me a little, in a soft tumble in slow motion. My contact with the land was full.



A estrada seria nota dez se não fosse a cachorrada a nos perseguir. Volta e meia eles surgiam das chácaras, furiosos. Dentre estes surgiu inclusive um dupla de pitbulls. Sorte que seus donos estavam por ali. Apesar de tudo o pedal naquele trecho foi gratificante.

The road would be note ten if there were not a lot of dogs pursuing us. Sometimes they appeared from the houses, furious. Amongst these also appeared a pair of pitbulls. We were lucky because its owners were around. Anyway, the stroll in that road was rewarding.




Entramos num trecho de asfalto que vai até Pinto Bandeira. Rumamos de volta para Bento Gonçalves. O visual era atraente, muito morro para trás e pela frente, algumas cascatas ao longe.

We entered in a stretch of asphalt that goes until Pinto Bandeira city. We cycled in direction a Benco Gonçalves city. The views were atractive, much mounts backwards and for the front, some cascades far away.




Passamos pelo bairro Barracão e subimos até as imediações do centro, onde havia um casario nas encostas do morro.

We passed for the Barracão quarter and we went up until the immediacy of the center of the city, in the hillsides of the mounts there were a lot of small houses.




Atravessamos o centro, pegamos a Avenida Doutor Casagrande e fomos até a Igreja Cristo Rei.

We crossed the center of the city, took the Dr. Casagrande Avenue and we went until the Church Christ King.





Tiramos umas fotos na frente da igreja e seguimos pedalando até o pórtico da entrada da cidade.

We took some photos in front of church and continued cycling until the porch of the entrance of the city.



Nosso próximo destino seria a zona rural oeste de Bento Gonçalves, o Vale dos Vinhedos.

Our next destination would be the west side of Bento Gonçalves city, the Valley of the Vineyards.

Continua.

It continues.

domingo, junho 18, 2006

Passeio em Bento Gonçalves (RS) - Primeira Parte

(in english after the portuguese)


Passeio em Bento Gonçalves (RS) - Primeira Parte

Stroll in Bento Gonçalves city - First Part

No último sábado fui até Bento Gonçalves com o Alberto, veterano de pedais pelo Uruguai, e que neste ano tem sido meu grande parceiro de pedal. Foi também o Pedro Marcon, outro veterano de viagens de bicicleta até o Uruguai, Argentina e nordeste brasileiro. Ele já pedalou mais de quarenta mil quilômetros nos seus sessenta e poucos anos de vida.

Há uns meses eu tinha falado com o seu Pedro sobre um pedal em Feliz (RS), até o morro Ninho das Águias. Depois de um encontro com ele na quinta-feira passada, no qual tratamos de passeios ciclísticos, resolvemos fazer um roteiro tortuoso entre Flores da Cunha e Antônio Prado. Pensei nesse passeio durante a noite, e notei que poderia ser um pouco extenuante. Eu venho me recuperando de um problema de saúde a ser diagnosticado, e não queria forçar muito nem nas distâncias nem na altimetria.

Na manhã seguinte sugeri ao seu Pedro que mudássemos o roteiro anterior para um cicloturismo curto, nos arredores de Bento Gonçalves, pelos Caminhos de Pedra e Vale dos Vinhedos.
Falei com o Alberto logo depois, explicando as nossas intenções de pedal. Ele estava disposto a ir junto. Expliquei mais detalhadamente o roteiro, fixamos os horários e acertamos a logística do passeio.

Não fomos até Bento Gonçalves pedalando, e sim na caminhoneta do Alberto.
Partimos os três às sete horas da manhã pela RS 122 e RS 446. As oito e trinta da manhã estávamos entrando em Bento.

Deixamos a caminhoneta no estacionamento do shopping center, calibramos os pneus das bicicletas num posto de gasolina ali perto e partimos para os Caminhos de Pedra que fica na zona rural ao leste de Bento Gonçalves.

Estava frio, e tivemos que vestir abrigos e moletões. Comecei o pedal com uma manta enrolada no pescoço.
Logo pegamos um descidão que vai até o bairro Barracão, o frio aumentou com o vento.

Ao chegar no bairro Barracão paramos num posto de gasolina onde nos cederam um mapa dos Caminhos de Pedra. Olhando o mapa decidimos seguir pela estrada principal até o final do caminho, e retornar por uma estrada de terra vicinal que passa por entre os morros dos distritos de São Pedro e Linha Palmeiro.

In the last Saturday I went until Bento Gonçalves city with the Alberto, veteran of pedals until Argentina, this year he has been my greater partner of pedal. Mr Pedro Marcon went there also, he is another veteran of bicycle trips until Uruguay, Argentina and Brazilian northeast. He cycled yet more than forty a thousand kilometers in its sixty and few years of life.

Some months ago I had spoken with Mr Marcon about a pedal until Feliz city, until the mount Nest of the Eagles. After a meeting with him in the last thursday, in which we dealed about strolls in bicycles, we decided to make a crooked stroll between Flores da Cunha and Antonio Prado cities. I thought about this stroll during the night, and noticed that it could be a little hard. I am recovering myself from a health problem to be diagnosised, and I did not want to force too much nor in the distances neither in altimetry.

In the following morning I suggested the new path to Mr Peter and we changed the previous script for a short stroll in the outskirts of Bento Gonçalves city, for the Ways of Rock - Caminhos de Pedra - and Valley of the Vineyards - Vale dos Vinhedos. I spoke with the Alberto later, explaining our intentions of pedal. He was disposal to go together. I explained the script, we fix the schedules and we make right the logistic one of the stroll.

We didn´t go cycling until Bento Gonçalves. We went there in the pickup truck of Alberto. We left Porto Alegre at seven hours of the morning for the RS 122 and RS 446 roads. Eight and thirty of the morning we were entering in Bento gonçalves city.

We left the pickup truck in the parking of a shopping to center, calibrate the tires of the bicycles in a gas station near there and followed by the Ways of Rock that is in the east zone Bento Gonçalves city. It was cold, and we had that to dress shelters and so on. I started the pedal with a blanket rolled in the neck. Soon we took a a big climb that went until the Barracão quarter, the cold increased with the wind.

When we arrieved in the Barracão quarter we stopped in a gas station where they gave us map of the Ways of Rock. Looking at the map we decided to follow for the main road until the end of the way, and return for a vicinal land road that passes among the mounts of São Pedro and Linha Palmeiro districts.


Começamos a pedalar pelo asfalto nos Caminhos de Pedra.

We started cycling for the asphalt in the Ways of Rock.



Caminhos de Pedra é uma tentativa de resgate da herança cultural dos imigrantes italianos. Eles utilizavam pedras para construir casas, especialmente a estrutura inferior e porões. Faziam também cercas, moirões e outras coisas com pedras. Daí o nome Caminhos de Pedra.

Íamos parando nos pontos importantes do caminho, que eram casas antigas, de pedra.

Ways of Rock are an attempt of rescue of the cultural inheritance of the Italian immigrants. They used rocks to construct houses, especially the lower structure and bilges. They also used to make fences, and other things with rocks. From there is the origin of the name Ways of Rock.

We went stopping in the important points of the way, that were old houses, of rock.

Paramos na casa do leite e na casa do doce Predebon, onde havia um pé de umbu com uma caverna no tronco.

We stoped in the house of milk and the house of the Predebon candy, where it had a umbu tree with a cave in the trunk.





Depois entramos numa estrada de terra e pedalamos um trecho curto até a casa do tomate.

After we enter in a land road and we cycled a short stretch until the house of the tomatoe.




Ali uma moça nos fez uma apresentação fotográfica dos Caminhos de Pedra e nos mostrou tudo o que podia ser feito com tomates, desde molho até refrigerante gasoso, em que o próprio tomate produz o gás.

Depois de um refrigerante de tomate sabor limão continuamos o passeio. Passamos por um moinho, perto do qual havia um riacho.

There a girl made a photographic presentation of the Ways of Rock and she showed everything they could make with tomatoes, since gravy until gaseous cooling, where the proper tomatoe produces the gas.

After we drink a cooling made with tomatoe that had the flavour of lemon we continued the stroll. We passed for a mill, close of which there was a stream.


Entramos na localidade de São Pedro.

We entered in the São Pedro district.

Ali perto havia uma pequena capelinha Nossa Sra do Carmo.

Near there there was a small capel of Our Mrs of Carmo.

Chegamos na casa da ovelha.

We arrived in the house of the sheep.

Depois paramos numa antiga casa de madeira. A sala de estar era enorme, a cozinha era separada por um alpendre. No pátio tinha um pequeno moinho.

Later we stoped in one old wooden house. The living room was enormous, the kitchen was separated from the house. In the yard there were a small mill.

O asfalto acabou.

The asphalt finished.

Entramos na cantina Strapazzon, famosa pelo filme “O Quatrilho”.

We entered in the Strapazzon canteen, it is famous because the "Quatrilho” movie.

Seguimos o pedal até a cantina Salvati & Sirena onde degustamos um bom vinho de uva peverella. A palavra peverella significa pimenta. O sabor do vinho é levemente picante. É a única vinícola na América latina que produz vinhos com essa espécie de uva.

We followed the pedal until the canteen Salvati & Sirena where we tasted a good wine of peverella grape . The word peverella means pepper. The flavor of the wine is lightly spiced. It is the only vineyard in the Latin America that produces wines with this species of grape.



Seguimos a estrada de terra. Paralelo à estrada havia um belo riacho quase oculto no mato.

We went by a land road. Parallel to this there was a stream almost hidden by the trees.

Chegamos à casa da erva mate.

We arrived in the yerba mate (illex paraguaiensis) house.

Era quase meio dia, resolvemos voltar. Pedalamos até a casa das massas.

It was almost mid day, we decide to come back. We cycled until the house of the pasta.

Entramos na casa de madeira, deixando as bicicletas do lado de fora acorrentadas uma na outra, e subimos as escadas até o segundo andar onde tinha um restaurante. O almoço foram massas acompanhadas de um bom vinho.

We leave the bicycles chained one in the other and we went up by the stairs of the wooden house, until the secound floor, where there was a restaurant. The lunch was masses with a good wine.

Continua.

It continues.