domingo, novembro 17, 2013

Rosário do Sul (RS) - Cacequi (RS)

Rio Santa Maria transbordando águas sob a ponte Marechal José Abreu. Depois de um outubro rosa, um novembro chuvoso cobriu as areias brancas.



Entrei na rodovia Rui Ramos. Rui Ramos, o "Tribuno do Rio Grande", era tio do poeta Jayme Caetano Braun; nasceu em Itaqui (RS), foi advogado, pecuarista, tradicionalista, historiador, político, e poeta. 


Pedalando sem parar nas descidas. O vento vergava as macegas e assobiava nos pontilhões.


Estrada deserta. Quarenta quilômetros de asfalto assentado nos campos. Não vi bolichos, nem galpões, nem casas, e não havia nenhum auto-posto com todas aquelas conveniências.




Pedalando sem parar, compensando no giro o asfalto carepento e a força do vendaval. Fustigado pela ventania ensurdecedora diametralmente oposta à direção do pedal.


Nem o surpreendente e curto asfalto novo aliviou a força dos ventos. Um temporal se armava logo mais à frente. Nas imediações de Cacequi fui recolhido pelo carro de apoio.


Distância pedalada: 42 km
Vm: 15 km/h


sábado, novembro 02, 2013

Santo Antônio da Patrulha (RS) - Rolante (RS) - Taquara (RS)


Saí de Santo Antônio no meio da manhã, pedalando sem pressa, desde a cidade alta até as proximidades do auto posto Boa Viagem, onde calibrei os pneus. Esse foi um dos poucos postos em que parei onde o frentista se ofereceu para calibrar os pneus da bike.


Depois de consertar o espelho retrovisor numa retífica de molas e surdinas, saí da RS 30 e entrei na RS 474, uma subida mais longa do que inclinada me conduziu a um lugar elevado.
A lógica dos aclives/declives é sempre a mesma no sul do Brasil. Depois de uma subida tem uma descida, no final das descidas decentes sempre tem um riacho ou rio. Cheguei na ponte sobre o rio dos Sinos pedalando num acostamento excelente, a favor de uma brisa imperceptível. 


Um rio hipnotizante. Suas águas calmas espelhando o mato me fizeram interromper a ciclo-viagem por alguns minutos. Não deu vontade de prosseguir.


Mas segui adiante, passando pelo pedágio, até parar em outra ponte, dessa vez sobre o rio Rolante.


Outro rio misterioso em suas águas calmas, que me fizeram lembrar as letras das músicas sobre rios de Noel Guarany.

"Mateando a sede do pago
Na sonolência das margens
Sobre um espelho de imagens
Passa o rio tranqüilamente"

(Noel Guarany, "Eu e o rio" - canta Luiz Marenco)



Logo cheguei ao encontro das RSs 474 e 239. Segui para Rolante.


Menos de uma dezena de quilômetros para se deparar com uma... ciclovia, toda sob sombras de plátanos - algumas dezenas de metros depois do pórtico. Em Rolante nasceu o cantor Teixeirinha.


Parei em frente à Igreja Matriz de Rolante, onde descansei alguns minutos.


Retornei pelo mesmo caminho. No entroncamento entre as RS dessa vez fui em direção à Taquara, passando pelo pórtico. 


Com certeza voltarei a Rolante e Riozinho para tomar banhos nas águas claras e calmas dos rios tranquilos.


"Peregrino dos caminhos
No rumo dos horizontes
Matando a sede da terra
Vivendo a sede de andar"

(Noel Garany, "Eu e o rio" - canta Cenair Maicá)

Total pedalado: 63 km
Vm: 20 km/h

Porto Alegre a Santo Antônio da Patrulha (RS)


Atravessei da forma mais rápida possível a zona metropolitana desde o centro de Porto Alegre até para além de Alvorada, chegando à uma ponte. Para fazer essa travessia, tive o prazer de poder pedalar em uma ciclovia nova na zona norte de Porto Alegre, na Avenida Juscelino Kubitschek, cujo extensão era de um quilômetro e que ligava dois pontos avulsos.



A partir a ponte na RS 118 parti pedalando com mais lentidão pelo acostamento, até atravessar Gravataí.
De Gravataí a Glorinha tem pouco acostamento. Parada em outra ponte para um descanso.


Há tempos este pedal estava na lista de espera por motivos de falta de segurança: ausência de acostamento e trânsito intenso de caminhões. O trecho mais melindroso foi feito por volta do meio-dia, antes e depois do almoço num pequeno restaurante em Glorinha.



Sempre pedalando sobre a faixa branca, depois das treze horas aumentou o vaivém de caminhões na pista. Uma carreta de vários eixos passa a alta velocidade. Passou tão perto, que o vácuo da carroceria por pouco não me arranca a camiseta, o capacete e os óculos escuros. Senti a bike flutuar ao lado de todos aqueles eixos. Nesse ponto eu estava quase chegando em Santo Antônio da Patrulha, sem muito esforço.

Distância: 90 km
Vm: 19 km/h