(in english after the portuguese)
Dentre os lugares que estivemos nos pedais por estes pagos, o salto do yucumã sem dúvida destaca-se pela peculiaridade de ser um acidente geográfico curioso. Toda a extensão em largura do rio Uruguai cai lateralmente e de repente numa fossa de 2 km de extensão, uns 15 m de largura e 100 m de profundidade. Não se percebe a magnitude desse acidente porque a fissura na rocha está repleta de água até a borda, mas se por algum recurso artificial ou natural as águas fossem desviadas e o abismo esvaziado, tomaríamos plena consciência de estarmos à beira de um buraco longitudinal da altura de um prédio de 30 andares.
Há cerca de dez anos eu observava o salto nos mapas de papel. E foi na através da propaganda de uma jornalista local que minha curiosidade sobre a região do noroeste do estado gaúcho se inflamou. Então decidi ir até lá para conhecer a fissura, entre outros pontos turísticos de menor importância.
Partimos motorizados de Porto Alegre eu e o grande companheiro de pedal e amigo Alberto até a cidade de Tenente Portela. Percorremos 500 km de carro até chegarmos lá com uma vontade imensa de pedalar. Ficamos no Salto Grande Turis Hotel e já de inicio nos informaram que era proibido pedalar dentro do parque estadual do yucuma, para evitar que ciclistas desavisados fossem comidos por onças ou mesmo sucuris caso parassem no caminho para trocar pneu ou beber gatorade.
Na manha seguinte o proprietário do hotel nos confirmou a impossibilidade de se pedalar dentro do parque, e também informou que era impossível se ir da portaria do parque ao rio Uruguai a pé, pois assim facilitaria o ataque das onças ou “mão peladas” a espreita no mato procurando alimentos. Resolvemos ir de carro levando as bicicletas conosco, para tentarmos convencer o guarda florestal de que ciclistas tem pernas duras e não são um bom prato para os animais selvagens.
Mas não fomos persuasivos o suficiente, então rodamos até as proximidades do rio de carro e ali pegamos uma das bicicletas para podermos ter o gosto de pedalar nas pedras fazendo algo tipo trilha em terreno considerado de dificuldade média onde nunca ninguém havia pedalado antes.
Um local de certa forma tenebroso e deserto. Depois de cerca de duas horas de caminhada por ali deixei nas pedras os percalços sugados pelo buraco fundo cheio de água até aborda. Saímos daquele lugar com a intenção de nunca mais voltar visto que era de certa forma de difícil acesso e distante da capital. Enfim, um fim de mundo.
Seguimos em direção a Frederico Westfalen onde pretenderíamos passar a noite. Era cerca de 16 hs quando chegamos no Hotel Mane. Largamos nossas sacolas e fomos pedalar até a localidade chamada Faguense. Com cinco quadras de pedal e no inicio da primeira lomba forte arrebentou a correia da minha bicicleta. Demos sorte porque o incidente ocorreu bem em frente à melhor oficina de bicicletas da região. Só que ela estava fechada. Mas nos disseram que o dono estava num bar ali perto. O proprietário Mario teve o inconveniente de abrir a loja, consertar a correia e ainda não quis cobrar nada.
Logo mais estávamos pegando um descidão de paralelepípedo até o campus da UNIJUI e uma cascata do parque Faguense.
Continuamos por uma estrada estreita de chão batido onde quase que dou de cara com um arame farpado atravessado no caminho. Retornamos à rodovia e onde pedalamos um bom trecho para chegar de volta à cidade, loucos de fome. Fomos a uma pizzaria que ficava ao lado do hotel onde comemos um rodízio e depois fomos descansar para a longa viagem de retorno à capital.
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Mais informações:
http://www.turismoyucuma.com.br/site/index.php?pg=principal
Yucumã Fall
Among the places that we've been for these pedals, the Yucumã fall certainly stands out for the peculiarity of being a curious accident of geography. The entire length of the width of the Uruguay River falls sideways and suddenly a pit of 2 km in length, about 15 m wide and 100 m depth. They don´t realize the magnitude of the accident because the cleft in the rock is full of water to the edge, but if by any artificial or natural resource waters were diverted and emptied pit, we would fully aware that we are on the verge of a longitudinal hole height a building of 30 floors. About ten years I watched the leap from paper maps. And it was through the propaganda of a local journalist that my curiosity about the region of northwestern Rio Grande do Sul state ignited. So I decided to go there to see the fissure, among other sights of lesser importance. We started motorized from Porto Alegre city, me and the great companion friend Alberto to the city of Tenente Portela. We traveled 500 km driving to get there with an urge to ride. We stayed at the Hotel Salto Grande Turis already beginning and told us it was forbidden to ride into the state park Yucumã to prevent unsuspecting cyclists were eaten by jaguars or anacondas case stop on the way to changing a wheel or drink gatorade. The next morning the owner of the hotel confirmed that it was impossible to ride in the park, and also said it was impossible to go from the park entrance to the Uruguay River walking, as this would facilitate the attack of ounces or "hand peeled" lurking the woods looking for food. We decided to go by car taking the bikes with us, to try to convince the warden that cyclists have legs stiff and are not a good food for wildlife. But we were not persuasive enough, then we run up to the vicinity of the car there and got one of the bikes to have the pleasure of riding on the rocks doing something like tracks on land considered of medium difficulty where no one had ever cycled before. A site somewhat dark and deserted, after about two hours walking around there let the rocks suck my troubles to the deep hole full of water. We left that place with the intention of never coming back because it was somewhat difficult to reach and far from the capital. It was something like the end of the world. We continued toward Frederico Westfalen where we intented stay the night. It was about 16 pm when we arrived at the Hotel Mane. We dropped our bags and we were cycling to the place called Faguense. With five blocks of the pedal at the beginning of the first strong hill the belt broke on my bike. We were lucky because the incident occurred right in front of the best bike shop in the region. But it was closed. We were told that the owner was in a nearby bar. The owner Mario had the disadvantage of opening the shop, fix the belt and still would not charge anything. Soon we were taking a big descent cobbled to the campus UNIJUI and a waterfall park Faguense. We continued in a narrow road of packed dirt where I almost ran into a barbed wire that crossed the road. We return to the highway where we ride and a relatively long way to get back to the city, mad with hunger. We went to a pizzeria that was next to the hotel where we ate pizza and then we went rest for the long return trip to the capital.