(in english after the portuguese)
Distância Total: 93 km
Vm: 19,5 km/h
Saída: 22:00 hs
Chegada: 03:15 hs (pedal noturno)
Recolhemos nossos equipamentos no Hotel Contursi e partimos para São Borja levando um certo tempo para atravessar Itaqui de ponta a ponta. Havia um clima de festa por todos os cantos, bares lotados, calçadas repletas de gente de pé e sentada em cadeiras preguiçosas, um trânsito intenso de veículos automotores. Depois de passar por todas aquelas luzes de neons, faróis e burburinho de gente, chegamos ao portal "Nosso Adeus não é para Sempre" as margens da RS 472, por onde entramos na escuridão da estrada.
Faroletes e piscas ligados, velocidade incógnita, precisávamos pedalar. E pedalamos o mais rápido possivel numa grande subida quase plana, que era grande por ser longa e quase plana pela inclinação sutil. A distância fez daquilo um sacrifício noturno. Pedal sem tréguas por horas, logo no início, deu para aquecer sem o potente sol a pino.
No princípio havia trânsito de veículos, mas aos poucos o movimento foi ficando escasso. A luz da lua cada vez mais forte, a certa altura desliguei o farolete e pedalei no centro da pista. Via-se a lua refletida no asfalto e nas folhas úmidas da mataria. Banhados assustadores e infindos nos rodeavam, luzes distantes à beira da estrada, luzes de silos desertos e distantes, luzes que fugiam. Quanto mais pedalávamos mais se afastavam,como estrelas a nos observar ao longe, meio inatingíveis.
Numa parada de ônibus, pela uma hora da madrugada, fizemos um lanche rápido. Silêncio total. Nem cachorro latia. Somente grilos e uivos estranhos de bichos do mato cortavam o som da noite. A partir dali foi um deserto de casas e tudo mais, mataria e banhado. Apenas a lua a iluminar as linhas de um asfalto bom por sinal, e pedal quase sem parar, até a entrada de São Borja.
Chegamos exaustos procurando hotel às três da manhã. Achamos um hotel que mais parecia motel, no centro da cidade. Um cheiro de mofo e cigarro, apenas para ficar das três da madrugada até a hora do onibus partir para Porto Alegre. Tínhamos pressa em voltar para casa. O Alberto ainda se dispôs a comprar as passagens bem cedo, antes que o ônibus lotasse. Às oito da manhã comprou as últimas duas. Partimos às onze, chegamos ainda de dia em Porto Alegre.
Vídeos:
Itaqui - São Borja cities
We took back our equipment and left leaving the hotel paid for a day for a rider. It took us a while to cross the city from end to end. There was a festive atmosphere everywhere, crowded bars, sidewalks packed with people standing and sitting in chairs lazy, a heavy traffic. After going through all those neon lights, lights and buzz, we got to the portal "Our Farewell is not Forever" on the edges of SR 472, where we entered in the darkness. Taillights and turn signals on, speed unknown, we needed to ride. And we rode as fast as possible in a hard climb almost flat, which was great because it was long and almost flat by tilting imperceptible. The distance did what a sacrifice. Pedal for hours without respite, early on, full steam ahead. At first there was vehicular traffic to and fro movement but gradually became scarce. The moonlight grew stronger after a certain point the spotlight turned off and rode on the track. I saw the moon reflected on the wet asphalt and leaves the kill. Wetlands frightening and endless, distant lights along the road, lights and distant deserts bins on the roadside. Lights as they ran, the more it seemed that we pedaled more turned away.At a bus stop and the one in the morning, we had a snack. Total silence. Neither the dog barked. Just cut the sound crickets at night. From there it was a wilderness of houses and everything. Only the moon to illuminate the lines of a good asphalt by the way, and pedal without stopping, without stopping until the entrance of San Borja city.We arrived tired looking hotel at three in the morning. We found a hotel that looked like motel in the city center. A musty smell and smoke, but it was only to stay until the three hours from the bus to Porto Alegre city. We had to hurry back home. Alberto is still willing to buy tickets early before the buses lotasse. Eight in the morning bought the last two. We left at eleven, we arrived in daylight in Porto Alegre.
quarta-feira, novembro 04, 2009
terça-feira, novembro 03, 2009
Uruguaiana (RS) - Itaqui (RS)
(in english after the portuguese)
Distância Total: 107 km
Vm: 16,5 km/h
Saída: 06 hs
Chegada: 14 hs
A cada manhã saíamos mais cedo dos hotéis, para fugir do sol, ressabiados ainda com o trecho terrível de Livramento a Quaraí. Para aumentar a surpresa, a estrada ganhou outras proporções. Não mais latifundios sem sombra nem água pelo caminho. Propriedades de pequenos agricultores costeando aquele trecho da RS 472 muito bem sombreado. Um ar até gelido que vinha das lagoas e matos nos refrigerava o peito naquela manhã linda. Nosso mais longo descanso foi num pesqueiro onde serviam peixe frito na hora, com limão. Ali dormitamos nuns bancos, sob a sombra, enquanto esperávamos que fritassem o surubi. Comemos peixe com pão de casa com muita tranquildade e sem nos preocuparmos com o passar do tempo ocioso sem pedalar.
Atravessamos o rio Ibicuí por uma ponte comprida, outra parada num boteco para uma coca-cola bem gelada. Sem preocupações com o tempo. A partir dali as sombras escassearam, o sol ficou mais forte. Fizemos várias outras paradas nas sombras que encontrávamos pelo caminho.
Chegamos em Itaqui pedalando contra o vento num retão interminável, mais subida que descida. Entramos cansados naquela cidade que não era tão pequena como fora à primeira vista. Haviamos entrado por uma via secundária, e o Alberto achou que aquilo era o fim do fim do mundo. Nem tanto. Uma pedalada mais nos interstícios procurando hotel mostrou ser uma cidade aconchegante, meio moderna e de bom tamanho. Paramos numa sorveteria e sentamos na calçada em frente comendo sorvete.
-Quando ficariamos sentados na calçada como crianças, chupando picolé, em sã consciência?
-Só meio tontos de endorfina.
Procuramos um hotel, estavam quase todos lotados por causa de um evento municipal. Restou o hotel Contursi.
-Bah vamos dormir contorcidos nesse hotel!
Mas o hotel era bom. Bom ar-condicionado para aquele calor dos diabos mesmo bem no fim da tarde. Dormimos até por volta das 20 hs, quando fomos passear na cidade tirar umas fotos às margens do rio Uruguai e procurar algo para comer.
Um restaurante escondido abrigava em si um amplo jardim de inverno em estilo antigo. Temperatura e iluminação agradável lá dentro, sem ventiladores e janelas, jantamos uma comida excelente. O Alberto cogitou de algum dia levar a esposa para jantar naquele restaurante surpreendente, e ver as dezenas de prédios antigos que pululam pela cidade.
Depois da janta fenomenal, sentamos num banco da praça. A cidade super-animada, ruas repletas de gente alegre, gente bebendo cerveja ou chimarrão sentados em frente das casas antigas. A praça cheia de crianças, uma clima de alegria geral naquela cidade inicialmente dita como do fim do fim do mundo.
-E veja que lua bonita!
Uma lua enorme no céu.
-E veja que calmaria, nem brisa.
Os galhos das árvores paralizados.
Pensei na lua, nos galhos parados. A alegria e agito da gente daquela cidade nos dava ânimo e nos tirava a vontade de voltar para dentro do hotel.
-Vamos agora para São Borja! Fugir do vento e do sol. Teremos a luz da lua e os faroletes. São só 90 km!
-Ummm bem pensado. Topo!
Videos:
Uruguaina - Itaqui cities
Every morning we left earlier from the hotels to escape the sun, even resentful with the passage of Deliverance Quaraí terrible. To increase the surprise the road took other proportions. No more estates without shade or water on the road. Smallholdings and coasting settlers that stretch of SR 472 well shaded. A cold air coming from the ponds and woods till our chests in that morning refreshed beautiful.
Our longer rest where fishing was a fried fish served with lemon on the spot. There lurk in some banks in the shade while we waited for fried surubi. We ate fish with homemade bread with lots tranquildade and without worrying about the passing of time idle without pedaling.
We crossed the Ibicui river by a long bridge, another stop at a bar for an ice cold Coke. No worries with time.
From there the shadows become scarce, the sun got stronger. We made several other stops in the shadows the way we met.We arrived in Itaqui pedaling against the wind in a straight climb more than endless descent. We got tired in the town who was not as small as it was at first sight. We entered by a secondary road and Albert thought that was the end of the end of the world. Not so. One more ride in the interstices looking hotel proved to be a cozy town, half modern and big man. We stopped at an ice cream and sat there on the sidewalk outside eating ice cream."When we would be sitting on the sidewalk like children sucking popsicle in conscience?Only middle-high on endorphins.
We looked for a hotel, were almost all filled up because of an event hall. Contursi left the hotel.Bah,we will sleep contorted in that hotel!But the hotel was good. Good air conditioning for one hell of heat, even at the very end of the afternoon. We slept until around 20 pm when we went in town to take photos on the River Uruguay and look for something to eat.
A hidden restaurant, housed in itself a large winter garden in an antique style. Temperature and pleasant lighting inside, no fans and windows, a fine dining dinner. Alberto ponder some day take his wife to dinner at the amazing restaurant and see the dozens of old buildings that sprout up around town.
After supper phenomenal, sat on a park bench. The super-bustling city, streets full of happy people, people drinking beer or mate sitting in front of the old houses. The plaza filled with children, a general atmosphere of joy in that city said the end of the world.
"And see that beautiful moon! "
A huge moon in the sky.
"And see that calm or breeze."
The tree limbs paralyzed.
I thought of the moon, standing in the branches. The joy and excitement of the people of that city gave us courage and took the will to go back inside the hotel.
"Let's go now to San Borja city! Escaping the wind and sun. We will have the moonlight and flashlights. Are only 60 miles!"
"Ummm, well thought out. It is ok!"
Distância Total: 107 km
Vm: 16,5 km/h
Saída: 06 hs
Chegada: 14 hs
A cada manhã saíamos mais cedo dos hotéis, para fugir do sol, ressabiados ainda com o trecho terrível de Livramento a Quaraí. Para aumentar a surpresa, a estrada ganhou outras proporções. Não mais latifundios sem sombra nem água pelo caminho. Propriedades de pequenos agricultores costeando aquele trecho da RS 472 muito bem sombreado. Um ar até gelido que vinha das lagoas e matos nos refrigerava o peito naquela manhã linda. Nosso mais longo descanso foi num pesqueiro onde serviam peixe frito na hora, com limão. Ali dormitamos nuns bancos, sob a sombra, enquanto esperávamos que fritassem o surubi. Comemos peixe com pão de casa com muita tranquildade e sem nos preocuparmos com o passar do tempo ocioso sem pedalar.
Atravessamos o rio Ibicuí por uma ponte comprida, outra parada num boteco para uma coca-cola bem gelada. Sem preocupações com o tempo. A partir dali as sombras escassearam, o sol ficou mais forte. Fizemos várias outras paradas nas sombras que encontrávamos pelo caminho.
-Quando ficariamos sentados na calçada como crianças, chupando picolé, em sã consciência?
-Só meio tontos de endorfina.
Procuramos um hotel, estavam quase todos lotados por causa de um evento municipal. Restou o hotel Contursi.
-Bah vamos dormir contorcidos nesse hotel!
Mas o hotel era bom. Bom ar-condicionado para aquele calor dos diabos mesmo bem no fim da tarde. Dormimos até por volta das 20 hs, quando fomos passear na cidade tirar umas fotos às margens do rio Uruguai e procurar algo para comer.
Um restaurante escondido abrigava em si um amplo jardim de inverno em estilo antigo. Temperatura e iluminação agradável lá dentro, sem ventiladores e janelas, jantamos uma comida excelente. O Alberto cogitou de algum dia levar a esposa para jantar naquele restaurante surpreendente, e ver as dezenas de prédios antigos que pululam pela cidade.
Depois da janta fenomenal, sentamos num banco da praça. A cidade super-animada, ruas repletas de gente alegre, gente bebendo cerveja ou chimarrão sentados em frente das casas antigas. A praça cheia de crianças, uma clima de alegria geral naquela cidade inicialmente dita como do fim do fim do mundo.
-E veja que lua bonita!
Uma lua enorme no céu.
-E veja que calmaria, nem brisa.
Os galhos das árvores paralizados.
Pensei na lua, nos galhos parados. A alegria e agito da gente daquela cidade nos dava ânimo e nos tirava a vontade de voltar para dentro do hotel.
-Vamos agora para São Borja! Fugir do vento e do sol. Teremos a luz da lua e os faroletes. São só 90 km!
-Ummm bem pensado. Topo!
Videos:
Uruguaina - Itaqui cities
Every morning we left earlier from the hotels to escape the sun, even resentful with the passage of Deliverance Quaraí terrible. To increase the surprise the road took other proportions. No more estates without shade or water on the road. Smallholdings and coasting settlers that stretch of SR 472 well shaded. A cold air coming from the ponds and woods till our chests in that morning refreshed beautiful.
Our longer rest where fishing was a fried fish served with lemon on the spot. There lurk in some banks in the shade while we waited for fried surubi. We ate fish with homemade bread with lots tranquildade and without worrying about the passing of time idle without pedaling.
We crossed the Ibicui river by a long bridge, another stop at a bar for an ice cold Coke. No worries with time.
From there the shadows become scarce, the sun got stronger. We made several other stops in the shadows the way we met.We arrived in Itaqui pedaling against the wind in a straight climb more than endless descent. We got tired in the town who was not as small as it was at first sight. We entered by a secondary road and Albert thought that was the end of the end of the world. Not so. One more ride in the interstices looking hotel proved to be a cozy town, half modern and big man. We stopped at an ice cream and sat there on the sidewalk outside eating ice cream."When we would be sitting on the sidewalk like children sucking popsicle in conscience?Only middle-high on endorphins.
We looked for a hotel, were almost all filled up because of an event hall. Contursi left the hotel.Bah,we will sleep contorted in that hotel!But the hotel was good. Good air conditioning for one hell of heat, even at the very end of the afternoon. We slept until around 20 pm when we went in town to take photos on the River Uruguay and look for something to eat.
A hidden restaurant, housed in itself a large winter garden in an antique style. Temperature and pleasant lighting inside, no fans and windows, a fine dining dinner. Alberto ponder some day take his wife to dinner at the amazing restaurant and see the dozens of old buildings that sprout up around town.
After supper phenomenal, sat on a park bench. The super-bustling city, streets full of happy people, people drinking beer or mate sitting in front of the old houses. The plaza filled with children, a general atmosphere of joy in that city said the end of the world.
"And see that beautiful moon! "
A huge moon in the sky.
"And see that calm or breeze."
The tree limbs paralyzed.
I thought of the moon, standing in the branches. The joy and excitement of the people of that city gave us courage and took the will to go back inside the hotel.
"Let's go now to San Borja city! Escaping the wind and sun. We will have the moonlight and flashlights. Are only 60 miles!"
"Ummm, well thought out. It is ok!"
segunda-feira, novembro 02, 2009
Quaraí (RS) - Uruguaiana (RS)
(in english after the portuguese)
Distância Total: 127 km
Vm: 19 km/h
Saída: 06:15 hs
Chegada: 14 hs
Saímos ao raiar do sol de Quaraí, esperando enfrentar outro dia de sol escaldante naqueles asfaltos sem sombra nem água fresca. Mas tivemos uma agradável surpresa pela modificação do relevo. O calor se abrandou na manhã, fizemos paradas agradáveis nas proximidades do morro do Jarau. Diz uma lenda gaúcha, registrada por João Simões Lopes Neto, que lá viveu uma uma princesa moura que se transformara em bruxa, e que teria vindo em uma urna de Salamanca, na Espanha. Esta lenda inspirou Érico Veríssimo a escrever partes de "O Tempo e o Vento".
Durante esse trecho, o Alberto falou que se fazendo exercicios extenuantes como os pedais que faziamos, interrompe-se a produção de matabolitos, sendo tudo absorvido ou reabsorvido pelo corpo avído de nutrientes. Não quis pensar nos porquês, e se isso era verdade, estava com muita fome para raciocinar.
Ficamos um bom tempo apreciando o silencio do cerro e as aves revoando na manhã revigorante. Lanchamos e seguinos o pedal até o meio dia, quando por fim paramos num boteco no entroncamento da RS 160 com a BR 290.
Na rodovia federal as elevações ficaram bem menos íngremes e o acostamento largo, o vento a favor ainda ajudou na propulsão das bikes.
Chegamos na entrada de Uruguaiana tomando coca-cola litro com dois pica-paus, e falando sobre a cidade em si. Fomos direto à Ponte, pois pretendiamos ficar alojados em Passo de los Libres na Argentina. Não iriam nos permitir passar a ponte pedalando conforme preza a lei, mas conseguimos uma caminhoneta para transportá-las. O problema foi que o Alberto tinha deixado o documento de identidade em casa e é necessário CI para entrar na Argentina. Apesar das insistências o guarda fronteira não nos permitiu passar para o outro lado com o Alberto portando apenas carteira de motorista.
No centro da cidade ficamos num hotel relativamente bom, cada qual num quarto. O Alberto foi direto ao banheiro e sentou no vaso. Ali ficou por uma hora e não saiu nada para fora. Fui na farmácia e busquei reidratante oral e supositórios de glicerina, passei tudo a ele por uma fresta da porta do banheiro. Disse que iria dar uma volta em Passo de Los Libres, pois eu tinha trazido a identidade, e queria conhecer o lado de "alhá". Concluimos naquele momento que não acontece uma interrupção da produção de metabolitos, ou seja, fezes, e sim se o ciclista não se hidratar durante o pedal; as fezes secam e viram numa pedra, depois para sair é um parto.
Pegueio um taxi até Passo de Los Libres, atravessei a ponte sem me pedirem nenhum documento. Poderiamos ter entrado dessa forma se soubessemos que na pratica pode ser diferente o acesso ao lado de "alhá". Andei pelas ruas de Paso de Los Libres, o comércio todo fechado. Sábado enfim, ninguém é de ferro ou alumínio como as bikes, e alguns ciclistas que não param, por puro prazer de pedalar duro. Nada de especial naquela cidade, somente a diferença e aspecto mal cuidado, retrógrado em comparação com a bela Uruguaiana das largas avenidas arborizadas.
Voltei logo ao Brasil num taxi argentino bem antigo com cintos de segurança remendados com fita isolante. O motorista falava portunhol e foi bem simpático dizendo ele mesmo que que nem todo argentino é prepotente, entre estes ele mesmo, que ele amava o Brasil e as praias de Santa Catarina.
De volta ao hotel encontrei o Alberto no banheiro na mesma posição, acrocado fazendo um esforço comparável à subida de uma grande lomba no pedal.
-Nada!
-Bah! Relaxa e vamos jantar, depois tu continua.
Ele preferiu ficar ali tentando. Eu estava começando a ficar preocupado já pensando em levá-lo num posto de saude ou pegarmos um ônibus de volta para Porto Alegre direto para o Pronto Socorro, para desentupir o treco. Achei mesmo que o pedal estava acabando ali, que não iriamos mais adiante.
Num restaurante com mesas e cadeiras nas calçadas, o que pareceu ser comum em Uruguaiana, pedi um bife a parmegiana e uma ceveja bem gelada. Quando me iam trazendo o bife o Alberto apareceu sorridente.
-Nasceu a criança!
-Que bom! O pedal continua amanhã cedo! Vamos a Itaqui! Toma um gole de cerveja para se hidratar!
Videos:
Uruguaiana - Itaqui cities
We left at sunrise Quaraí, expecting to face another day of scorching heat without shade or those asphalts fresh water. But we had a pleasant surprise for the modification of relief. The heat has abated in the morning, we made nice stops on the hill proximidasde Jarau. Legend has it recorded by gaucho Lopes Neto, who lived there one a Moorish princess who had become a witch, and that would have been in an urn of Salamanca in Spain. This legend inspired to write Erico Verissimo shares of Time and Wind.
During that stretch Alberto said he was doing strenuous exercises such as doing some pedals, interrupted the production of matabolitos, everything being absorbed or reabsorbed by the body hungry for nutrients. Did not think about the whys and if that was true, was too hungry to think.
We had a good time enjoying the silence of the hill and the birds darting in invigorating morning. We lunched and later pedal until noon when we finally stopped at a pub at the junction of SR road 160 with BR 290 road.In federal highway elevations were much less steep and shoulder width, tail wind but also helped to propel the bike.
We arrived at the entrance of Uruguaiana taking Coke with two liters woodpeckers and talking about the city itself. We went straight to the bridge because're meant to be housed in Passo de los Libres Argentina. Would not allow us to pass the bridge as cycling cherishes the law but we got a pickup truck to transport them. The problem was that Alberto had left his identity card at home and is required to enter Argentina CI. Despite the insistence of the border guard did not allow to pass to the other side with Alberto carrying only a driver's license.
Distância Total: 127 km
Vm: 19 km/h
Saída: 06:15 hs
Chegada: 14 hs
Saímos ao raiar do sol de Quaraí, esperando enfrentar outro dia de sol escaldante naqueles asfaltos sem sombra nem água fresca. Mas tivemos uma agradável surpresa pela modificação do relevo. O calor se abrandou na manhã, fizemos paradas agradáveis nas proximidades do morro do Jarau. Diz uma lenda gaúcha, registrada por João Simões Lopes Neto, que lá viveu uma uma princesa moura que se transformara em bruxa, e que teria vindo em uma urna de Salamanca, na Espanha. Esta lenda inspirou Érico Veríssimo a escrever partes de "O Tempo e o Vento".
Durante esse trecho, o Alberto falou que se fazendo exercicios extenuantes como os pedais que faziamos, interrompe-se a produção de matabolitos, sendo tudo absorvido ou reabsorvido pelo corpo avído de nutrientes. Não quis pensar nos porquês, e se isso era verdade, estava com muita fome para raciocinar.
Ficamos um bom tempo apreciando o silencio do cerro e as aves revoando na manhã revigorante. Lanchamos e seguinos o pedal até o meio dia, quando por fim paramos num boteco no entroncamento da RS 160 com a BR 290.
Na rodovia federal as elevações ficaram bem menos íngremes e o acostamento largo, o vento a favor ainda ajudou na propulsão das bikes.
Chegamos na entrada de Uruguaiana tomando coca-cola litro com dois pica-paus, e falando sobre a cidade em si. Fomos direto à Ponte, pois pretendiamos ficar alojados em Passo de los Libres na Argentina. Não iriam nos permitir passar a ponte pedalando conforme preza a lei, mas conseguimos uma caminhoneta para transportá-las. O problema foi que o Alberto tinha deixado o documento de identidade em casa e é necessário CI para entrar na Argentina. Apesar das insistências o guarda fronteira não nos permitiu passar para o outro lado com o Alberto portando apenas carteira de motorista.
No centro da cidade ficamos num hotel relativamente bom, cada qual num quarto. O Alberto foi direto ao banheiro e sentou no vaso. Ali ficou por uma hora e não saiu nada para fora. Fui na farmácia e busquei reidratante oral e supositórios de glicerina, passei tudo a ele por uma fresta da porta do banheiro. Disse que iria dar uma volta em Passo de Los Libres, pois eu tinha trazido a identidade, e queria conhecer o lado de "alhá". Concluimos naquele momento que não acontece uma interrupção da produção de metabolitos, ou seja, fezes, e sim se o ciclista não se hidratar durante o pedal; as fezes secam e viram numa pedra, depois para sair é um parto.
Pegueio um taxi até Passo de Los Libres, atravessei a ponte sem me pedirem nenhum documento. Poderiamos ter entrado dessa forma se soubessemos que na pratica pode ser diferente o acesso ao lado de "alhá". Andei pelas ruas de Paso de Los Libres, o comércio todo fechado. Sábado enfim, ninguém é de ferro ou alumínio como as bikes, e alguns ciclistas que não param, por puro prazer de pedalar duro. Nada de especial naquela cidade, somente a diferença e aspecto mal cuidado, retrógrado em comparação com a bela Uruguaiana das largas avenidas arborizadas.
Voltei logo ao Brasil num taxi argentino bem antigo com cintos de segurança remendados com fita isolante. O motorista falava portunhol e foi bem simpático dizendo ele mesmo que que nem todo argentino é prepotente, entre estes ele mesmo, que ele amava o Brasil e as praias de Santa Catarina.
De volta ao hotel encontrei o Alberto no banheiro na mesma posição, acrocado fazendo um esforço comparável à subida de uma grande lomba no pedal.
-Nada!
-Bah! Relaxa e vamos jantar, depois tu continua.
Ele preferiu ficar ali tentando. Eu estava começando a ficar preocupado já pensando em levá-lo num posto de saude ou pegarmos um ônibus de volta para Porto Alegre direto para o Pronto Socorro, para desentupir o treco. Achei mesmo que o pedal estava acabando ali, que não iriamos mais adiante.
Num restaurante com mesas e cadeiras nas calçadas, o que pareceu ser comum em Uruguaiana, pedi um bife a parmegiana e uma ceveja bem gelada. Quando me iam trazendo o bife o Alberto apareceu sorridente.
-Nasceu a criança!
-Que bom! O pedal continua amanhã cedo! Vamos a Itaqui! Toma um gole de cerveja para se hidratar!
Videos:
Uruguaiana - Itaqui cities
We left at sunrise Quaraí, expecting to face another day of scorching heat without shade or those asphalts fresh water. But we had a pleasant surprise for the modification of relief. The heat has abated in the morning, we made nice stops on the hill proximidasde Jarau. Legend has it recorded by gaucho Lopes Neto, who lived there one a Moorish princess who had become a witch, and that would have been in an urn of Salamanca in Spain. This legend inspired to write Erico Verissimo shares of Time and Wind.
During that stretch Alberto said he was doing strenuous exercises such as doing some pedals, interrupted the production of matabolitos, everything being absorbed or reabsorbed by the body hungry for nutrients. Did not think about the whys and if that was true, was too hungry to think.
We had a good time enjoying the silence of the hill and the birds darting in invigorating morning. We lunched and later pedal until noon when we finally stopped at a pub at the junction of SR road 160 with BR 290 road.In federal highway elevations were much less steep and shoulder width, tail wind but also helped to propel the bike.
We arrived at the entrance of Uruguaiana taking Coke with two liters woodpeckers and talking about the city itself. We went straight to the bridge because're meant to be housed in Passo de los Libres Argentina. Would not allow us to pass the bridge as cycling cherishes the law but we got a pickup truck to transport them. The problem was that Alberto had left his identity card at home and is required to enter Argentina CI. Despite the insistence of the border guard did not allow to pass to the other side with Alberto carrying only a driver's license.
domingo, novembro 01, 2009
Santana do Livramento (RS) - Quaraí (RS)
(in english after the portuguese)
Esse pedal da fronteira estava nos planos ha alguns anos. Constava em planilhas do excel elaboradas com esmero, com distâncias, tempos e material mais do que necessário, tudo detalhado em números. Era algo que tinha de ser feito algum dia, estava escrito que esse pedal iria sair do excel para a realidade cedo ou tarde. E assim com a aproximação do feriadão de finados sugeri esse roteiro-pedal ao Alberto, que sem titubear encarou o desafio. E passamos a nos preparar. Tirei as teias de aranha do alforje, e o engatei na bike... Bicicleta pronta, vontade inabalável... Vamos nessa.
O plano era sair de São Borja na fronteira com a Argentina e ir até Santana do Livramento na fronteira com o Uruguai pedalando preferencialmente por terras estrangeiras. Mas na última hora analisamos a altimetria e decidimos fazer o percurso inverso para economizar energia nas descidas.
Então na quinta-feira a noite do dia 29 de outubro, por volta das 23 hs, depois de pedalarmos juntos 14 km desde a minha casa até o centro da cidade, estávamos eu e o Alberto na estação rodoviária de Porto Alegre embalando as bikes para colocá-las no bagageiro do ônibus da empresa Ouro e Prata que seguia para Santana do Livramento.
Chegamos em Livramento as 5:30 hs de sexta-feira, montamos as bikes, e tomamos café na estação rodoviária. Deixamos a cidade as 6:30 hs pedalando na BR 293 plana, com longos retões, o sol estava nascendo e a previsão era de tempo bom.
No primeiro turno do pedal não tivemos novidades, apenas pedalamos quase sem parar até as 11:30 hs, cerca de 70 km. Não havia nada digno de nota pelo caminho a não ser o deserto verde dos pampas.
Nenhuma casa, nenhum posto de gasolina, vez por outra víamos estâncias longe longe no meio do campo, raramente um veículo passava por nós. Era um pedal no meio dum deserto verde... e por isso começou a nos faltar água. Cada qual havia levado cerca de dois litros de água, mas com o sol forte ela se foi rápido... decidimos economizar água em conjunto... juntar o que nos restava e racionar.
Nem sequer sombra tinha... era só campo... nenhuma árvore... e o sol cada vez mais forte. Não tínhamos onde parar para descansar abrigados do sol. Surgiu um vento contra... e pedalávamos até nas descidas... potente sol a pino, e vento contra, falta de água e cansaço... faltavam 35 km...
Por volta do meio dia paramos num desfiladeiro e sentamos na beira do asfalto tentando pegar uma ponta de sombra que vinha duns galhos dum cinamomo mirrado. Ali tomamos alguns goles de água morna racionada e comemos algumas bolachas salgadas. Esse foi o nosso almoço.
Continuamos o pedal a 10 km/h contra o vento... Não queríamos pegar água de banhado com receio de ficarmos doentes logo no inicio e comprometer a viagem toda. Meu pensamento foi totalmente direcionado a "como conseguir água potável", e assim todas as minhas preocupações mundanas desapareceram. E eu passei a ver o mundo de outra forma.
Enxerguei uma fazenda um pouco próxima da estrada. Não tive duvidas de que deveríamos ir lá para procurar água. Passamos por um mata-burro podre... pedalamos numa estrada que parecia não ter sido usada ha anos, cheia de guanxumas... a fazenda parecia estar abandonada. Fomos nos aproximando e vi adiante da fazenda, adiante duma mangueira, um xiru a cavalo cavalgando com rapidez e frenesi. Ele nos viu e veio a galope na nossa direção, parecia assustado e curioso. De longe vi seus olhos esbugalhados brilharem de forma assustadora. No principio, sob as visões da endorfina, achei que o xiru tinha se transformado no deus egípcio anubis correndo no campo, mas depois vi que era um centauro pilchado a rigor, para o rigor do sol e a dura lida de campo real, bombacha, botas, chapéu surrados, não estava fantasiado. O cavalo parou de repente na nossa frente e ficou rodopiando inquieto, a cabeça do centauro tinha um ar sério e desconfiado, senti um certo poder neles, uma certa imponência, tive receio do gaudério, ele parecia agressivo, como se estivessem ele e o cavalo vindo duma batalha e fossem mesmo um só, um centauro sério e inquieto perigoso e pronto para o ataque, e levava uma adaga atravessada nas costas.
Falamos que precisávamos de água, que éramos simples ciclistas malucos; ele desceu do cavalo e amarrou o bicho num poste, e se transfigurou numa pessoa hospitaleira ao extremo, bondosa, prestativa, apesar dos olhos brilhantes vermelhos esbugalhados do sol. Ficou feliz em nos servir água gelada. Notamos que haviam mais pessoas dentro da casa... era a mulher dele e alguns filhos. Ele era peão de estância, lidava com gado e reparava a fazenda.
Faltavam apenas 30 km para chegarmos a Quaraí... entendi o significado da palavra quaraí... que vem de quarar que é expor a roupa ao sol para branqueamento da mesma... e haja sol! Vento contra, cansaço, sol e deserto... esses foram os 30 km mais sofridos da minha história de cicloturista. Decidimos parar a cada 10 km... se achássemos sombra... mas o vento forte contra e o cansaço nos parava a cada 2 km. Uma insolação contida que nem um frasco inteiro de protetor solar fator 50, capacete, luvas e óculos escuros não resolveram.
Depois de muito sofrimento naqueles simples 30 km que pareciam 300 e onde eu comemorava os dams (decâmetros) pedalados no ciclocomputador ao invés dos kms, avistamos a cidade.
Paramos num posto de gasolina na entrada da cidade e pedimos um litro de coca-cola bem gelado...! Aquele litrão parecia uma miragem... As gotículas ao redor do frasco... o borbulhar do gás... um simples litro de coca-cola se transformou num motivo enorme de felicidade e satisfação. Os problemas triviais da vida ficaram no deserto atravessado. Estávamos em Quaraí!
Eram três horas da tarde e fomos para o centro procurar hotel. Um hotel de esquina semelhante a aqueles hotéis baratos de filmes americanos filmados na América Latina especialmente na Bolívia nos serviu de alento. Apesar da murrinha forte de cigarro impregnando as paredes desbotadas do quarto do hotel, consegui meio que dormir um sono acordado. Levantei as seis horas e fui procurar uma loja de bicicletas para comprar uma câmara... ao sair para a rua parecia que eu estava dentro dum forno de microondas iluminado com trocentos raios lazers... foi então que pensei em desistir da segunda etapa da viagem de 4 etapas, eu senti que seria cozido na estrada.
Ao escurecer e já convicto da desistência da viagem fomos jantar em Artigas, cidadezinha Uruguaia muito aconchegante. Ruas e calçadas largas, não dava a impressão de estarmos onde estávamos, tinha ares de metrópole e e um astral de anos setenta. Jantamos um bifão com com um litro de cerveja numa das muitas mesas de restaurantes das calçadas de Artigas, e ali foi que decidimos seguir pedalando na manha seguinte, sob chuva ou sol, tanto faria.
Distância Total: 117 km
Vm: 14 km/h
Saída: 06:30 hs
Chegada: 15:30 hs
Videos:
The plan was to leave San Borja on the border with Argentina and go to Santana do Livramento the border with Uruguay cycling preferably by foreign lands. But at the last minute after the analyze of altimetry we decided to make the return trip to economize energy on downhill. Then on Thursday night of Oct. 29, around 23 pm, after pedaling together 14 km from my house to the downtown, Alberto and I were at the bus station in Porto Alegre packing the place for bikes them in the trunk of the bus empesa Gold and Silver headed for Santana do Livramento. We arrived at the Livramento 5:30 pm Friday, rode the bikes, and we had coffee at the bus station. We left the city at 6:30 pm in BR 293 riding flat, with long straight, the sun was rising and the forecast was for fine weather. In the first round of the pedal had no news, just cycled almost continuously until 11:30 pm, about 50 miles.
There was nothing remarkable in the way unless the green desert of the pampas. No house, no gas station, occasionally we saw farms far away in the middle of the field, rarely a vehicle passed us. It was a pedal in the middle of a desert green ... and so I started to miss the water. Each had taken about two liters of water, but with the strong sun it was fast ... decided to save water together ... join and that we had rationing. Nor shadow had ... field was only we saw ... no tree ... and the sun getting stronger. We had no where to stop to rest sheltered from the sun. There was a wind against ... We cycled up and going downhill ... powerful vertical sun, and against wind, water shortages and fatigue ... missing 35 km ... Around noon we stopped at a gorge and sat on the edge of the pavement trying to get a hint of shadow coming duns branches of a withered cinnamon. There took a few sips of warm water rationed and eat some crackers. This was our lunch.
We continued to pedal at 8 mph against the wind ... Did not want to get splashed with water from fear of illness early on and compromise the entire trip. My mind was totally focused on "how to get water," and so all my worldly procupações disappeared. And I began to see the world differently. I saw a farm a little close to the road. I had no doubt that we should go there to look for water. We went through a cattle guard rotten ... cycled on a road that seemed to have been used for many years, full of sida ... the farm seemed to be abandoned.
We were getting closer and saw the farm below, ahead of a hose, a man horseback riding with speed and frenzy. He saw us and came galloping towards us, looked scared and curious. From a distance I saw his bulging eyes shine so scary. In the beginning, in the visions of endorphins, I thought the man had become the Egyptian god Anubis running in the field, but then I saw it was a centaur pilchar indeed, for the rigors of harsh sun and read the actual field, breeches, boots hat shabby, was not dressed for fun. The horse suddenly stopped in front of us and was restless spinning, the head of the centaur had a serious and suspicious, I felt a certain power in them, a certain grandeur, I was afraid of man, it seemed aggressive, as if he and his horse coming a battle and were even one, a centaur serious and dangerous restless and ready to attack, and carried a dagger on his back. We talk we needed water, they were only mad cyclists, he dismounted and tied the horse a pole, and was transformed into a welcoming people to the extreme, kind, helpful, despite the bright red eyes bulging from the sun. Was happy to serve us ice water. We noted that there were more people inside the house ... was his wife and some children. He was a pawn of the farm, dealing with cattle and repaired the farm.
There were only 30 km to reach Quaraí ... understand the meaning of the word Quaraí ... that comes from quara that is exposed to the sun machine to launder the same ... and there is sun! Against wind, fatigue, sun and desert ... these were the 30 km further suffered in all my history of ciclotourist. We decided to stop every 8 miles... if we found shade ... but the strong wind against fatigue and stopping every 1 mile. A stroke that contained not a whole bottle of factor 50 sunscreen, helmet, gloves and sunglasses not solved. After much suffering in those mere 25 miles to 250 and looked where I was celebrating the dams (Yardsticks) cycled in Cycle instead of kms, we saw the city. We stopped at a gas station at the entrance of the city and asked for a liter of coca-cola and ice cream ...! That Litraa seemed a mirage ... The droplets around the bottle ... bubbling gas ... a liter of coca-cola has become a subject of great happiness and satisfaction. The problems were trivial of life in the desert crossing.
We were in Quaraí! It was three o'clock in the afternoon and went to the search center hotel. A corner hotel hotes similar to those from Holywood movies fillm in Latin America especially in Bolivia was our breath. Despite the strong cigarette murrinha impregnating the faded walls of the hotel room, I managed to sleep through a waking sleep. I got up at six hours and I did find a bike shop to buy a camera ... to go out on the street looked like I was inside a microwave oven with bright rays ou thousands of lazers ... was then that I thought of giving up the second leg of the journey of 4 steps, I felt it would be cooked on the road.
At dusk and already convinced of the withdrawal of the trip we were dining in Artigas, Uruguay very cozy town. Streets and wide sidewalks, did not give the impression that we are where we were, had the air of a city and and mood of the seventies. We had dinner with a Bifão with a pint of beer in one of the many dining tables on sidewalks throughout Artivas, and there was that decided to go riding the next morning, rain or shine, both would.
Esse pedal da fronteira estava nos planos ha alguns anos. Constava em planilhas do excel elaboradas com esmero, com distâncias, tempos e material mais do que necessário, tudo detalhado em números. Era algo que tinha de ser feito algum dia, estava escrito que esse pedal iria sair do excel para a realidade cedo ou tarde. E assim com a aproximação do feriadão de finados sugeri esse roteiro-pedal ao Alberto, que sem titubear encarou o desafio. E passamos a nos preparar. Tirei as teias de aranha do alforje, e o engatei na bike... Bicicleta pronta, vontade inabalável... Vamos nessa.
O plano era sair de São Borja na fronteira com a Argentina e ir até Santana do Livramento na fronteira com o Uruguai pedalando preferencialmente por terras estrangeiras. Mas na última hora analisamos a altimetria e decidimos fazer o percurso inverso para economizar energia nas descidas.
Então na quinta-feira a noite do dia 29 de outubro, por volta das 23 hs, depois de pedalarmos juntos 14 km desde a minha casa até o centro da cidade, estávamos eu e o Alberto na estação rodoviária de Porto Alegre embalando as bikes para colocá-las no bagageiro do ônibus da empresa Ouro e Prata que seguia para Santana do Livramento.
Chegamos em Livramento as 5:30 hs de sexta-feira, montamos as bikes, e tomamos café na estação rodoviária. Deixamos a cidade as 6:30 hs pedalando na BR 293 plana, com longos retões, o sol estava nascendo e a previsão era de tempo bom.
No primeiro turno do pedal não tivemos novidades, apenas pedalamos quase sem parar até as 11:30 hs, cerca de 70 km. Não havia nada digno de nota pelo caminho a não ser o deserto verde dos pampas.
Nenhuma casa, nenhum posto de gasolina, vez por outra víamos estâncias longe longe no meio do campo, raramente um veículo passava por nós. Era um pedal no meio dum deserto verde... e por isso começou a nos faltar água. Cada qual havia levado cerca de dois litros de água, mas com o sol forte ela se foi rápido... decidimos economizar água em conjunto... juntar o que nos restava e racionar.
Nem sequer sombra tinha... era só campo... nenhuma árvore... e o sol cada vez mais forte. Não tínhamos onde parar para descansar abrigados do sol. Surgiu um vento contra... e pedalávamos até nas descidas... potente sol a pino, e vento contra, falta de água e cansaço... faltavam 35 km...
Por volta do meio dia paramos num desfiladeiro e sentamos na beira do asfalto tentando pegar uma ponta de sombra que vinha duns galhos dum cinamomo mirrado. Ali tomamos alguns goles de água morna racionada e comemos algumas bolachas salgadas. Esse foi o nosso almoço.
Continuamos o pedal a 10 km/h contra o vento... Não queríamos pegar água de banhado com receio de ficarmos doentes logo no inicio e comprometer a viagem toda. Meu pensamento foi totalmente direcionado a "como conseguir água potável", e assim todas as minhas preocupações mundanas desapareceram. E eu passei a ver o mundo de outra forma.
Enxerguei uma fazenda um pouco próxima da estrada. Não tive duvidas de que deveríamos ir lá para procurar água. Passamos por um mata-burro podre... pedalamos numa estrada que parecia não ter sido usada ha anos, cheia de guanxumas... a fazenda parecia estar abandonada. Fomos nos aproximando e vi adiante da fazenda, adiante duma mangueira, um xiru a cavalo cavalgando com rapidez e frenesi. Ele nos viu e veio a galope na nossa direção, parecia assustado e curioso. De longe vi seus olhos esbugalhados brilharem de forma assustadora. No principio, sob as visões da endorfina, achei que o xiru tinha se transformado no deus egípcio anubis correndo no campo, mas depois vi que era um centauro pilchado a rigor, para o rigor do sol e a dura lida de campo real, bombacha, botas, chapéu surrados, não estava fantasiado. O cavalo parou de repente na nossa frente e ficou rodopiando inquieto, a cabeça do centauro tinha um ar sério e desconfiado, senti um certo poder neles, uma certa imponência, tive receio do gaudério, ele parecia agressivo, como se estivessem ele e o cavalo vindo duma batalha e fossem mesmo um só, um centauro sério e inquieto perigoso e pronto para o ataque, e levava uma adaga atravessada nas costas.
Falamos que precisávamos de água, que éramos simples ciclistas malucos; ele desceu do cavalo e amarrou o bicho num poste, e se transfigurou numa pessoa hospitaleira ao extremo, bondosa, prestativa, apesar dos olhos brilhantes vermelhos esbugalhados do sol. Ficou feliz em nos servir água gelada. Notamos que haviam mais pessoas dentro da casa... era a mulher dele e alguns filhos. Ele era peão de estância, lidava com gado e reparava a fazenda.
Faltavam apenas 30 km para chegarmos a Quaraí... entendi o significado da palavra quaraí... que vem de quarar que é expor a roupa ao sol para branqueamento da mesma... e haja sol! Vento contra, cansaço, sol e deserto... esses foram os 30 km mais sofridos da minha história de cicloturista. Decidimos parar a cada 10 km... se achássemos sombra... mas o vento forte contra e o cansaço nos parava a cada 2 km. Uma insolação contida que nem um frasco inteiro de protetor solar fator 50, capacete, luvas e óculos escuros não resolveram.
Depois de muito sofrimento naqueles simples 30 km que pareciam 300 e onde eu comemorava os dams (decâmetros) pedalados no ciclocomputador ao invés dos kms, avistamos a cidade.
Paramos num posto de gasolina na entrada da cidade e pedimos um litro de coca-cola bem gelado...! Aquele litrão parecia uma miragem... As gotículas ao redor do frasco... o borbulhar do gás... um simples litro de coca-cola se transformou num motivo enorme de felicidade e satisfação. Os problemas triviais da vida ficaram no deserto atravessado. Estávamos em Quaraí!
Eram três horas da tarde e fomos para o centro procurar hotel. Um hotel de esquina semelhante a aqueles hotéis baratos de filmes americanos filmados na América Latina especialmente na Bolívia nos serviu de alento. Apesar da murrinha forte de cigarro impregnando as paredes desbotadas do quarto do hotel, consegui meio que dormir um sono acordado. Levantei as seis horas e fui procurar uma loja de bicicletas para comprar uma câmara... ao sair para a rua parecia que eu estava dentro dum forno de microondas iluminado com trocentos raios lazers... foi então que pensei em desistir da segunda etapa da viagem de 4 etapas, eu senti que seria cozido na estrada.
Ao escurecer e já convicto da desistência da viagem fomos jantar em Artigas, cidadezinha Uruguaia muito aconchegante. Ruas e calçadas largas, não dava a impressão de estarmos onde estávamos, tinha ares de metrópole e e um astral de anos setenta. Jantamos um bifão com com um litro de cerveja numa das muitas mesas de restaurantes das calçadas de Artigas, e ali foi que decidimos seguir pedalando na manha seguinte, sob chuva ou sol, tanto faria.
Distância Total: 117 km
Vm: 14 km/h
Saída: 06:30 hs
Chegada: 15:30 hs
Videos:
Santana do Livramento city - Quaraí city
This pedal on the border was on our plans for years. Appeared in excel sheets prepared with care, with distances, times and material more than necessary, all detailed in numbers. It was something that had to be done some day, it was written that this pedal would go to reality sooner or later. And so with the approach of the holidays of Memorial Day suggested this script pedal to Alberto, who without hesitation took on the challenge. And we began to prepare. I took off the cobwebs from my knapsack, and hitched the bike ... Bike ready, unshaken will ... Let's go.The plan was to leave San Borja on the border with Argentina and go to Santana do Livramento the border with Uruguay cycling preferably by foreign lands. But at the last minute after the analyze of altimetry we decided to make the return trip to economize energy on downhill. Then on Thursday night of Oct. 29, around 23 pm, after pedaling together 14 km from my house to the downtown, Alberto and I were at the bus station in Porto Alegre packing the place for bikes them in the trunk of the bus empesa Gold and Silver headed for Santana do Livramento. We arrived at the Livramento 5:30 pm Friday, rode the bikes, and we had coffee at the bus station. We left the city at 6:30 pm in BR 293 riding flat, with long straight, the sun was rising and the forecast was for fine weather. In the first round of the pedal had no news, just cycled almost continuously until 11:30 pm, about 50 miles.
There was nothing remarkable in the way unless the green desert of the pampas. No house, no gas station, occasionally we saw farms far away in the middle of the field, rarely a vehicle passed us. It was a pedal in the middle of a desert green ... and so I started to miss the water. Each had taken about two liters of water, but with the strong sun it was fast ... decided to save water together ... join and that we had rationing. Nor shadow had ... field was only we saw ... no tree ... and the sun getting stronger. We had no where to stop to rest sheltered from the sun. There was a wind against ... We cycled up and going downhill ... powerful vertical sun, and against wind, water shortages and fatigue ... missing 35 km ... Around noon we stopped at a gorge and sat on the edge of the pavement trying to get a hint of shadow coming duns branches of a withered cinnamon. There took a few sips of warm water rationed and eat some crackers. This was our lunch.
We continued to pedal at 8 mph against the wind ... Did not want to get splashed with water from fear of illness early on and compromise the entire trip. My mind was totally focused on "how to get water," and so all my worldly procupações disappeared. And I began to see the world differently. I saw a farm a little close to the road. I had no doubt that we should go there to look for water. We went through a cattle guard rotten ... cycled on a road that seemed to have been used for many years, full of sida ... the farm seemed to be abandoned.
We were getting closer and saw the farm below, ahead of a hose, a man horseback riding with speed and frenzy. He saw us and came galloping towards us, looked scared and curious. From a distance I saw his bulging eyes shine so scary. In the beginning, in the visions of endorphins, I thought the man had become the Egyptian god Anubis running in the field, but then I saw it was a centaur pilchar indeed, for the rigors of harsh sun and read the actual field, breeches, boots hat shabby, was not dressed for fun. The horse suddenly stopped in front of us and was restless spinning, the head of the centaur had a serious and suspicious, I felt a certain power in them, a certain grandeur, I was afraid of man, it seemed aggressive, as if he and his horse coming a battle and were even one, a centaur serious and dangerous restless and ready to attack, and carried a dagger on his back. We talk we needed water, they were only mad cyclists, he dismounted and tied the horse a pole, and was transformed into a welcoming people to the extreme, kind, helpful, despite the bright red eyes bulging from the sun. Was happy to serve us ice water. We noted that there were more people inside the house ... was his wife and some children. He was a pawn of the farm, dealing with cattle and repaired the farm.
There were only 30 km to reach Quaraí ... understand the meaning of the word Quaraí ... that comes from quara that is exposed to the sun machine to launder the same ... and there is sun! Against wind, fatigue, sun and desert ... these were the 30 km further suffered in all my history of ciclotourist. We decided to stop every 8 miles... if we found shade ... but the strong wind against fatigue and stopping every 1 mile. A stroke that contained not a whole bottle of factor 50 sunscreen, helmet, gloves and sunglasses not solved. After much suffering in those mere 25 miles to 250 and looked where I was celebrating the dams (Yardsticks) cycled in Cycle instead of kms, we saw the city. We stopped at a gas station at the entrance of the city and asked for a liter of coca-cola and ice cream ...! That Litraa seemed a mirage ... The droplets around the bottle ... bubbling gas ... a liter of coca-cola has become a subject of great happiness and satisfaction. The problems were trivial of life in the desert crossing.
We were in Quaraí! It was three o'clock in the afternoon and went to the search center hotel. A corner hotel hotes similar to those from Holywood movies fillm in Latin America especially in Bolivia was our breath. Despite the strong cigarette murrinha impregnating the faded walls of the hotel room, I managed to sleep through a waking sleep. I got up at six hours and I did find a bike shop to buy a camera ... to go out on the street looked like I was inside a microwave oven with bright rays ou thousands of lazers ... was then that I thought of giving up the second leg of the journey of 4 steps, I felt it would be cooked on the road.
At dusk and already convinced of the withdrawal of the trip we were dining in Artigas, Uruguay very cozy town. Streets and wide sidewalks, did not give the impression that we are where we were, had the air of a city and and mood of the seventies. We had dinner with a Bifão with a pint of beer in one of the many dining tables on sidewalks throughout Artivas, and there was that decided to go riding the next morning, rain or shine, both would.
segunda-feira, outubro 19, 2009
Nova Prata
Procurando fazer um pedal leve e ao mesmo tempo visitar a minha amiga Taiana, eu e o Alberto fomos a Nova Prata, municipio próximo a Bento Gonçalves.
Saimos motorizados de Porto Alegre na direção da serra gaúcha via Bom Princípio, cruzamos a ponte sobre o rio das Antas.
Chegamos na casa da Taiana ao meio-dia onde ela nos esperava com um chimarrão preparado a contento e fazia um almoço à moda italiana.
A conversa durante o almoço estava tão agradável e profunda que quase passamos a tarde de prosa ao invés de pedalar.
Pedalamos em direção ao centro de Nova Prata onde tiramos algumas fotos. Nova Prata é uma das mais prósperas cidade que ja vi nos pedais por esses pagos, um verdadeiro canteiro de obras com dezenas de prédios residenciais modernos recentemente construídos ou em construção.
Da zona urbana de Nova Prata fomos em direção ao município de Protásio Alves. Depois de alguns kilômetros sobre paralelepípedos entramos numa via asfaltada que vai para o norte e que em seguida se transforma numa estrada bucólica de chão batido.
Ali pedalamos é cruzamos o Rio da Prata até alcançarmos a estrada principal que leva a Protásio Alves. Mais alguns km pedalados e estávamos na pequena cidade que praticamente se resumia numa avenida larga em cujo final ficava a igreja.
Um refrigerante com batatas fritas num boteco antigo e recomeçamos o pedal de volta, dessa vez por toda a extensão da estrada principal.
Um bom trecho de asfalto em declive até a Cascata da Usina já no município de Nova Prata. Depois de algumas fotografias cruzamos a ponte sobre o rio da prata e começamos a subir sem parar por entre uma estrada assustadora no meio do mato cerrado na encosta dos morros.
Depois de muito subir voltamos aos paralelepípedos onde dois pastores alemães insistiram em me perseguir por um bom trecho a mais de 30 km/h. Nessa velocidade fica bem dificil para os cães ajustarem a coordenação motora de modo que corram e mordam ao mesmo tempo.
Com um grito estridente o Alberto que vinha atrás de mim espantou os cães já exaustos da corrida, para as valetas laterais. Assim seguimos o pedal passando por um CTG onde havia um rodeio e a gauchada paramentada com roupas típicas e montados a cavalo tentaram jogar corrida conosco. Fomos ultrapassados pelos cavalos suados na subida mas no que ficou plano deixamos a gauchada no pó.
Depois de um descidão retornamos ao centro da cidade e depois à casa da Taiana. Encontramos ela no caminho vindo da praça central onde segundo ela os moradores se reunem nos fins de tarde para tomar chimarrão e prosear. Ela vinha com a térmica e a cuia na mão junto com mais duas amigas gringas como ela. Depois de um mate começamos a desmontar e acondicionar as bikes no caro.
Foram chegando mais amigas na casa da Taiana e tomamos um café colonial conversando sobre os mais diversos assuntos. Saimos dali mais tarde do que o previsto e chegamos em Porto Alegre depois da meia-noite.
Total Pedalado: 42 km
Vel. Máx. Alberto (record pessoal)= 73 km/h
domingo, agosto 16, 2009
Vila Fão
Pedal feito em 16 de agosto de 2009 nos arredores de Vila Fao (RS)
Eu e Alberto
Distância pedalada: 43 km
Altitude máxima: 550 m
No retorno do salto do Youcuma passamos perto de Vila Fão. Era um vilarejo proximo a Lajeado, no derredor do qual eu ja havia pedalado ha anos na velha sundown full. Naquela ocasião arrebentou o cabo do câmbio traseiro e eu tive de ir até Lajeado levar a bike para conserto. Não desisti e no dia seguinte comecei a empreitada de subida dos morros.
Quase paramos no nosso retorno do salto para pedalar um pouco ja que o pedal por lá tinha sido mirrado. Mas como já haviamos pedalado por lugares antes nunca pedalados, resolvemos pedalar outro dia.
Quase paramos no nosso retorno do salto para pedalar um pouco ja que o pedal por lá tinha sido mirrado. Mas como já haviamos pedalado por lugares antes nunca pedalados, resolvemos pedalar outro dia.
Assim fizemos depois de um mês, partindo motorizados de Porto Alegre indo até o pedágio caro da BR onde nos abastecemos de agua mineral e estacionamos o carro. Eram mais ou menso 13 hs quando começamos a pedalar na direção de vila fão passando por baixo da ponte sobre o arroio Fão
O trecho em questão não era dos mais amigáveis, tive a impressão de que o pedal na sundown ful havia sido bem mais fácil. Sabia que o pior haveria de chegar. A subida vertical começaria a partir de Vila Fão rumo à estrada que leva a Progresso. Pedalamos com calma num sobe e desce parando seguidamente para tirar fotografias... entramos numa estrada vicinal lamacenta na beira do rio onde embarramos bastante as rodas das bikes e os tênis.
O trecho em questão não era dos mais amigáveis, tive a impressão de que o pedal na sundown ful havia sido bem mais fácil. Sabia que o pior haveria de chegar. A subida vertical começaria a partir de Vila Fão rumo à estrada que leva a Progresso. Pedalamos com calma num sobe e desce parando seguidamente para tirar fotografias... entramos numa estrada vicinal lamacenta na beira do rio onde embarramos bastante as rodas das bikes e os tênis.
Logo ao chegar em Vila Fão fomos para um bar onde tomamos um refrigerante e um pessoal morador da região que estava por lá veio nos fazer perguntas. De onde vínhamos, para onde íamos... -Vamos pedalar nos morros e quanto mais inclinado for melhor.
Eles nos deram uma porção de dicas que não sei se foram seguidas. Ao final da explicação do povo, pegamos o velho caminho pedreira no qual eu havia pedalado ha 5 anos na velha sundow full e onde havia arrebentado o cabo do câmbio.
Eles nos deram uma porção de dicas que não sei se foram seguidas. Ao final da explicação do povo, pegamos o velho caminho pedreira no qual eu havia pedalado ha 5 anos na velha sundow full e onde havia arrebentado o cabo do câmbio.
De Vila fão até a RS fou uma tortura. A subida era praticamente ininterrupta e de grande inclinação. Subimos 650 m em uns 18 km, passando por chácaras, plantações, matagais, carros de boi... Ao nos aproximarmos da RS paramos debaixo dum é de bergamoteira para nos nutrirmos e matarmos a sede.
A RS é um asfalto estreito com pouco movimento. Paramos no caminho para apreciar as esculturas de pedra do seu José, que falou bastante sobre como havia feito tudo aquilo com as pedras que encontrou no local. Ao fim do trecho asfaltado e quase na BR tivemos o prazer de um descidão repleto de curvas o que nos encheu de adrenalina. Ali naquela mesma descida uma vez eu havia quebrado me record de velocidade usando a sundow full. Cheguei aos 69 km/h próximo à BR.
De volta ao pedágio analisamos o pedal de forma positiva, de bom tamanho e apropriado para nosso preparo físico atual. Colocamos as bikes no caro e retornamos à Porto Alegre, chegando à noite com uma sensação de termos feito um pedal gratificante e relativamente perfeito.
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