quinta-feira, novembro 22, 2007

São Martinho-Garopaba

(in english after the portuguese)



Acordei cedo e fui caminhar na cidade de São Martinho. A dor no joelho esquerdo havia passado com uma dose cavalar de calminex pomada. O céu escuro anunciava um temporal.
Antes da dor e da chuva voltarem coloquei a bagagem na volare e saí da zona urbana em alta velocidade na direção de São Luis.

Tive de pedalar uns 5 km de pura subida para sair de São Martinho. A estrada havia sido melhorada e em breve será asfaltada para facilitar o acesso dos fiéis da beata Albertina.



Albertina Berkenbrock nasceu em São Luis e foi beatificada pelo Vaticano no final do ano passado. Nascida em 1919, morreu degolada aos 12 anos, depois de resistir a uma tentativa de estupro. Após a tragédia, a menina ganhou fama de milagreira. Ela foi considerada mártir por morrer defendendo a castidade. Para Albertina ser santificada, terá de ser provado um milagre de sua autoria.



Na saída de São Luis coloquei a jaqueta impermeável para enfrentar a chuva forte e o vento de um descidão curvilíneo que durou pouco devido à grande inclinação. Depois disso o pedal foi por um caminho quase plano entre belas paisagens, sob uma chuva incessante e sem incidentes.





No distrito de Aratingaúba também não faltou uma igreja imponente sobre ou outeiro.





Parei no caminho para uma refeição frugal à base de bolachas salgadas. A Volare e eu estávamos bastante embarrados.



Nas proximidades do distrito de São Carlos já pude avistar a lagoa de Imaruí.





Subi um morro para encurtar o percurso e antes da uma hora da tarde eu estava entrando em Imaruí, que me pareceu uma metrópole depois de quase três dias de pedal na Serra do Tabuleiro.



Almocei e lavei a bicicleta com calma num posto de gasolina. Depois segui num pedal a mais de 30 km/h pela SC 437 até chegar à BR 101.



Entrei em Imbituba na direção da praia da Ribanceira e Barra de Ibiraquera. Cruzei a barra com a bicicleta nas costas e por volta das 4 horas estava em Garopaba.

Distância pedalada: 86 km





São Martinho city - Garopaba city

I awoke early in the morning and went out to give a walk in the city. The pain in the knee was past with a lot of medicine for horses, calminex ointment. The sky was dark previewed a storm.
Before the pain and rain become again, I tied my bag in volare and I left São Martinho city in high speed in the direction of São Luis village.


To leave São Martinho I had to ride a 5 km of pure rise. The road had been improved and soon will be asphalted to facilitate access of the faithful of beata Albertina.

Albertina Berkenbrock was born in San Luis village and was beatified by the Vatican at the end of last year. Born in 1919, was murdered at age of 12 years old, after resisting an attempt to rape. After the tragedy, the girl gained fame for make miracles. She was considered martyr to die defending chastity. To be saintfied Albertina will have to be proven a miracle of his own.

Leaving São Luis I weared a waterproof jacket to face strong rain and wind of a descent full of curves. After that the pedal was for a path nearly plan, under a relentless rain and without many incidents. In the district of Aratingaúba also not missed a church on an imposing hill.

I stopped in the way for a frugal meal based on salted crackers. The bicycle was very dirty like me, despite the rain.

Close to the district of San Carlos I was able to sight the Imarui lagoon. I climbed a hill to shorten the route and before one o'clock in the afternoon I was entering in Imaruí city, which seemed a metropolis after nearly three days of the pedal in Board mountain range.

I had a good meal and washed the bicycle in a gas station. Then I followed a pedal at more than 30 km / h by the SC 437 road until BR 101 railroad.I entered in Imbituba toward the Ribanceira and Ibiraquera beaches. Crossed the bar of the Ibiraquera lagoon with the bibke in back and soon I was in Garopaba.

Cycled Distance: 86 km


quarta-feira, novembro 21, 2007

São Bonifácio-São Martinho

(in english after the portuguese)

São Bonifácio fica dentro do Parque da Serra do Tabuleiro em Santa Catarina. Cidade de origem germânica predominantemente católica destaca-se com sua igreja imponente sobre um outeiro. O povo é bastante hospitaleiro, prestativo e cordial para os turistas.



Logo depois do café da manhã fui passear a pé pela cidade, coisa que não durou muito, pois a cidade é composta de uma meia dúzia de ruas curtas.
Chovia uma garoa quente e o clima estava agradável. Passei num mini-mercado onde me abasteci de bolachas e doces para evitar surpresas no meio da segunda etapa da viagem.
Até São Martinho eu teria que pedalar uns 50 km na serra, em estrada de terra de condições precárias segundo os moradores.
Por volta das dez horas da manhã calibrei os pneus e saí da cidade pedalando sobre uma garoa fina passando por mansões antigas de estilo germânico, numa estrada invadida por poças d’água e coberta por uma camada de barro fino.



No princípio fui devagar, cuidando para não me sujar, mas logo vi que não haveria como manter-se totalmente limpo por muito tempo. Acelerei o pedal e comecei a cruzar nas poças e no barral a alta velocidade, gastando com prazer e liberdade a energia potencial nos declives.



A chuva parou, e meus óculos de sol ficaram um pouco sujos de gotículas de barro. Somado à vista cansada da idade já meio avançada sem uso de lentes, não percebi a direção da seta que apontava na direção de São Martinho e segui no rumo contrário para Rio do Poncho. Ainda tive oportunidade de registrar com a maquina fotográfica o desvio de rota.



Pedalei até a localidade de Santo Antônio onde fiz uma refeição frugal com bolachas e depois segui em direção à localidade de Santa Maria por um atalho reparador de uns 6 km que acompanhava o rio do poncho e passava por uma das pequenas represas hidroelétricas.



Em Santa Maria me disseram que era melhor ir até São Martinho por Vargem do Cedro porque além do caminho ser mais curto, a estrada estava em melhores condições. Excelente informação para quem anda em veículo motorizado e a altimetria é desprezível.
Sob um sol forte que chegou a enegrecer a ponta do meu nariz, subi e desci morros enormes ouvindo o ronco da correia da Volate triturando um areião grosso, encharcada de óleo de máquina.

Numa das longas subidas um tucano de bico preto passou voando rente ao meu capacete e desapareceu no mato num vôo curto que cruzou a estrada.
Depois de muito pedal subindo e descendo avistei Vargem do Cedro do alto de um morro. Tomei bastante água e despenquei lá de cima.



Vargem do Cedro é composta de uma rua larga cuja obra arquitetônica mais importante é a Igreja Católica. Enorme e muito bem cuidada, é um tanto desproporcional comparada ao tamanho da cidade. Reflexo disso é que Vargem do Cedro é a capital mundial das vocações – localidade que proporcionalmente ao tamanho mais formou padres no mundo católico. Povo bastante devoto, os sinais da devoção se encontram até na estrada que vai a São Martinho, sob a forma de via crucis.



Quando passei por Vargem do Cedro o clube estava lotado devido a uma festa de comemoração às bodas de prata do vigário local. Os moradores pareciam estar todos na festa, pois as casas estavam fechadas e não havia ninguém nos pátios.



Em frente a uma das casas à beira da estrada um cachorrinho saiu correndo atrás de mim. Não dei atenção, pedalei no ritmo de sempre, pois as pernas curtas do bicho certamente não iriam poder me alcançar. Mas não era só um cachorro. De repente escutei um latido grosso e um bafo quente e fedorento quase junto ao meu ouvido esquerdo. Olhei para o lado e havia uma bocarra cheia de dentes de um fila amarelo maior que a bicicleta correndo ao meu lado. Num gesto reflexo pedalei forte numa arrancada rápida de sprint nas competições de ciclismo, deixando o fila bem para trás. Mas meu joelho esquerdo sentiu a pressão repentina e ficou dolorido. Como tenho um limite de pressão e impacto num dos joelhos, sempre vou devagar e quase sempre. Desta vez extrapolei pela surpresa e tive de agüentar uma dor xarope no joelho esquerdo pelo resto do dia.
Depois de mais um resto de pedal pela via crucis cheguei ao salto do Rio Capivara. Haveria uma festa de casamento naquela noite e o proprietario do restaurante do salto sugeriu que eu voltasse ali para jantar por volta das dez horas da noite.



Mais uma longa subida seguida de uma longa descida que decretou a desistência da possibilidade de se ir jantar no restaurante do salto, cheguei a São Martinho e de volta ao asfalto por volta das três horas da tarde, inteiro, sem fome, forte e feliz, apesar do joelho.



Encontrei um hotel bom e barato e limpei com querosene a correia e pinhas imundas da bicicleta para tirar o depósito de areia moída misturada com óleo de máquina.



Deixei ao sol para secar e depois encharquei de óleo. O ronco cessou, e a Volare estava pronta para a terceira etapa da cicloviagem.

Distância pedalada: 53 km



St. Boniface city - St. Martinho city

St. Boniface city is in the hills of the Board mountain range. City of germanic origin it is predominantly catholic with its imposing big church on a hill. The people are very friendly, cordial and nice to tourists.
After the coffee of the morning I made a touring around the city on foot, which lasted not much, because the city is composed of few and short streets.
It was raining a few and the climate was pleasant. I went to a small grossery store where I supply me of biscuits and sweets to avoid surprises at midpoint in the next stage of the trip.
I would have to ride so so 50 km in mountains ahead on the road of land in bad conditions according to the residents.


Around the ten o'clock in the morning I calibrated tires and went out of the city on a pedal under a soft rain through mansions of old germanic style, a road invaded by puddles of water and covered with a thin layer of mud.
In the beginning I was slowly, taking care to don´t dirty me, but once I saw that would be almost impossible in keeping totally clean for a long time. I became to increase the speed of the pedal and started to cross into puddles in mud at high speed, feeling the pleasure and freedom with the energy potential from slopes.
The rain stopped, and my sunglasses was a little dirty, droplets of mud. Added to the views tired of advanced middle age without use of lenses, I did not perceive the right direction of the arrow that pointed in the direction of São Martinho and I followed the direction opposite, to Rio do Poncho village.
Yet I had the opportunity to register with the machine photographic the change in route.

I cycled to the Santo Antonio village where I made a frugal meal meal with biscuits and then followed toward the Santa Maria village for a shortcut repairer of some 6 km following the Poncho river and passed by a small hydroelectric dams.
In Santa Maria village they told me that it was better to go to São Martinho city by Vargem do Cedro city because of the addition of the path be shorter, the road was in better conditions. Excellent information for those who go in motor vehicle and altimetry is negligible.
Under a strong sun that made black the tip of my nose, and down hills enormous listening to the snoring of the gears of the Volate due a gross sand mixed with oil-soaked in a mess making a big noise like a motorcycle.
In one of the long climbs a toucan bird crossed the road and almost beated in my helmet, desappearing soon into the rainforest.

After some time cycling I saw Vargem do Cedro city from the top of a hill and went down fast falling like a mature pear from a tree.

Vargem do Cedro city is composed of a large street whose architectural more important is the Catholic Church. Huge and very clean, it is somewhat disproportionate compared to the size of the city. A consequence of this is that Vargem do Cedro city is the world capital of vocations - place that in proportion to the size, formed more Catholic priests in the world.
People there are very devout, the signs of devotion are up on the road that goes to St. Martin city in the form of via crucis.

When I passed by the Vargem do Cedro the club was full due to a celebration of the silver anniversary celebration of the priest. Residents appeared to be all in the party, because the houses were closed and there was nobody in yards.

In front of one of the houses along the road a small dog came out running behind me. I did not pay attention, cycled in the same pace ever, as the short legs of the animal certainly would not be able to achieve me. But there were not only one dog.

Suddenly I heard a bark and a thick hot breath almost next to my left ear. I looked to the side and there was a big mouth full of teeth of a “fila” dog bigger than the bicycle running beside me. In a gesture reflecting, cycled stronglly and rapid looks like in cycling competitions, leaving the dog back. But my left knee felt the sudden pressure and became to pain. I have a limit of pressure and impact in one knee, so I always cycle slow and often always. This time I exceeded the limit by that surprise and had to bear a boring pain in the left knee for the rest of the day.

After the pedal in via crucis and then passing near the fall of the Capivara river I arrived in São Martinho city and back to the asphalt.
I arrived in São Martinho around the three o'clock in the afternoon, full of energy, not hunger, strong and happy, despite the knee. I got a good and cheap hotel and after cleaned with kerosene the gears of the bicycle. There were a dirty deposition of sand ground mixed with oil. I allowed the sun to dry the gears and put a lot of oil. The noise ceased, and volare was ready for the third stage of the trip.

Distance cycled: 53 km


terça-feira, novembro 20, 2007

Florianópolis-São Bonifácio

(in english after the portuguese)

Com algum tempo de atraso, a cicloviagem pela Serra do Tabuleiro finalmente aconteceu.
Há uns dois anos um aro rachado da bicicleta Schwinn serviu de pretexto para que eu não pedalasse sozinho numa cicloviagem de 03 dias ao redor da Serra do Tabuleiro.
Apesar de tentadoras, aquelas imaginadas estradas de terra e areão que levavam a lugares misteriosos sem muitos recursos não eram animadoras.



Mas desta vez essa cicloviagem aconteceu de repente e sem muita elocubração.
Como eu me considerava fisicamente em forma e tinha tempo de sobra, peguei a velha Volare e parti levando o mínimo necessário.

A Volare não tem componentes sofisticados e apresentava certas limitações como a corrente gasta e o quadro curto que limita as relações. A suspensão RST capa havia elevado o movimento central alguns centímetros acima do chão, e alguns bicicleteiros me garantiram que estava tudo em ordem e sem folgas.
Adquiri um novo extrator de corrente e fui sem receios rumo a São Bonifácio.



Por volta das dez horas da manhã eu fui deixando para trás a zona metropolitana de Florianópolis repleta de perigos nas bifurcações da BR 101 movimentada onde veículos a 100 km/h deslocavam o ar e iam fazendo um barulho ensurdecedor.



Em Santo Amaro da Imperatriz, está o Caldas da Imperatriz, primeira estância termal do Brasil, que ganhou esse nome devido à visita do casal imperial Dom Pedro II e Dona Thereza Cristina, em 1845.
As águas esotermais radioativas de 39 graus centígrados que emergem de terrenos pré-cambrianos são comparáveis às melhores do mundo – têm propriedades terapêuticas que vão desde o combate ao estresse e a doenças crônicas até o rejuvenescimento.

Havia um palmital no caminho, de um verde jovem, vivo e lustroso que me chamou a atenção.



Em Águas Mornas/Caldas da Imperatriz tomei bastante água local na ponte sobre o rio Cubatão e fui para uma padaria.

Já havia pedalado 50 km em um pouco mais de duas horas e não me sentia nem um pouco cansado ou com fome, na noite anterior eu havia me alimentado de uma centena de camarões e de manhã havia comido peixe com iogurte.
Levava comigo castanhas de caju torradas e salgadas, fonte de proteína e gordura, que comi com gatorade sentado nos degraus da padaria.

Pouca ingestão de carboidrato e uma redução de peso voluntária que vem me acompanhado há alguns meses foram determinantes na qualidade do pedal.
Como agravante, não sabia que a partir de Águas Mornas pegaria uma serrinha horrível a maior parte dentro de uma reserva ecológica com bastante água mas sem nenhum restaurante ou padaria no caminho.



Depois de algumas subidas alucinantes que me custaram algumas horas, tive vontade de vomitar quando parei num mirante para comer mais uma porção daquelas nutritivas castanhas de caju.
Não podia interromper o pedal porque sentia ânsias de vômito e náuseas estranhas, então parei de comer e continuei pedalando lentamente morro acima para me recuperar.



Foi um longo e interminável trecho num sobe e desce desfrutando a fome e a endorfina, apreciando a paisagem bucólica.



O povo da região não é de desperdício. Existem plantações de repolho, tomate, abóbora e melancia até mesmo junto da estrada. Imaginei uma melancia madura no acostamento para que eu pudesse parar de pedalar sem sentir náuseas. Decidi que quando chegasse ao destino iria comer uma melancia inteira. Essa melancia imaginária se tornou a mola propulsora do pedal, seus carboidratos me alimentavam de forma pré-datada.



No alto de um morro, como que a me observar da janela do seu apartamento, uma vaca curiosa me fez lembrar da vida contida nas cidades grandes.



Devagar e sempre fui chegando à zona urbana de São Bonifácio.
Parei num bolicho de beira de estrada e pedi uma melancia. Não tinha. Nem mesmo uma fatia de pão ou biscoito ou elma chips, batata frita, bombom etc... as prateleiras todas vazias. De coisa doce só tinha coca-cola vendida em copo. Tomei um copão gelado e quase tive um “pasmo”.
Saí dali na chuva que foi aumentando até me fazer parar no primeiro abrigo de ônibus. Assim abrigado, deitei num banco de concreto com o capacete de travesseiro, e quase dormi.

Estava a dois quilômetros do hotel, era quase cinco horas da tarde. A chuva não parou e tive de me levantar e vestir a velha jaqueta de nylon. Pedalei rápido até um hotelzinho bom e barato, deixei minhas poucas tralhas no quarto e fui procurar a tal melancia.



Depois de meio melancião comido em fatias fui deitar. Só de pensar em comer outra coisa eu já sentia náuseas. Mas depois de uma hora de descanso e digestão eu já me senti disposto para devorar um sanduíche natural.
Mais tarde um jantar fenomenal a base de carboidratos no restaurante da ilha encerrou o dia e me preparou para a segunda etapa da cicloviagem.



Distância pedalada: 96 km


Florianópolis city-São Bonifácio city

With some time late, the trip cycling by the Sierra Board finally happened.
Few years ago I gave up from the trip because a split rim of official Schwinn bicycle served as a pretext to give up from the trip of 03 days around the Sierra of the Board.
Though tempting, those imagined roads of land and sand that led to mysterious places without many resources were not encouraging.
But this time the trip happened suddenly and without much thinking.
As I felt physically fit and had time to spare, I caught the old Volare and left Florianopolis going to S Bonifacio city carrying the minimum necessary.
The Volare bicycle has no sophisticated components and had certain limitations as the current framework and spends short that limits the manage of the gears.
The suspension RST cover had high the central movement and pedivela few centimeters above the ground, and some guys tat repair bicycles assured me that everything was in order and without problems with the bicycle. Purchased a new extractor for current I went without fears towards St. Boniface city.

Around the ten o'clock in the morning I was leaving behind the metropolitan area of Florianopolis city full of dangers in the BR 101 railroad busy junctions where vehicles at 100 km / h moved the air with a deafening noise.

There was the planting of coconut trees in the path of a green living and glossy that I drew attention. Later I discovered that it was a "palmital".

In Santo Amaro da Imperatriz city, is the Caldas da Imperatriz, first spa of Brazil, which has this name because of the visit of the imperial couple Dom Pedro II and Thereza Cristina, in 1845. The esotermais radioactive water of 39 degrees Celsius which emerge from pre-cambrian lands is comparable to the best in the world - have therapeutic properties ranging from combating stress and chronic diseases to the rejuvenation.

In Aguas Mornas city / Caldas da Imperatriz I drank a quite of local water on the bridge over the Cubatão river and went to a bakery.

I had cycled 50 km in a little more than two hours, and I was not feeling tired or hungry, the night before I had fed me with a hundred shrimp and in the morning and had eaten fish with yogurt.
I carried nuts, toast and salted cashews, source of protein and fat, I ate it with gatorade sitting on the steps of the bakery. Little intake of carbohydrates and a reduction of voluntary weight that comes accompanied me a few months ago were fundamental in the quality of the pedal.

As aggravating, I did not know that from Aguas Mornas city would have a horrible mountain range most within an ecological reserve with no restaurant or bakery on the way. After some crazy rises that cost me a few hours, I wish to vomit when I stopped in a belvedere to eat more of those nutrients from cashew nuts.
If I stoped the pedal I felt desire to vomit and strange nauseas, then continued slowly cycling hill above to recover me.
I was more a long and an endless hard stretch up and down enjoying the famine and endorfine, watching the bucolic landscape.


The people of the region are worker. There are plantings of cabbage, tomato, pumpkin and watermelon even with the road.
I imaginated a mature watermelon in the sidewalk that I could eat to stop pedaling and not feel nausea. I decided that when reaching the destination I would eat a whole watermelon. This watermelon imaginary was the propulsion of the pedal, your carbohydrate fed me on a pre-dated way.

At the top of a hill, as I observe that the window of his apartment, a curious cow made me remember life in major cities. Slowly and always cycling I arrived to the urban area of St. Boniface.
I stopped ina small drink bar in the side of the road and asked for a watermelon. There were not watermelon there.
Not even a slice of bread or biscuit or chips, potato chips, etc... All the shelves empty. Sweet thing only had coca-cola sold in glasses.
I took a big and frozen cup and almost killed my throat.

I left there in the rain that has been increased to make me stop under the first bus shell. So sheltered, I laid in a seat of concrete with the helmet as pillow, and almost slept.

I was two kilometers from the hotel, it was almost five o'clock in the afternoon. The rain didn´t stop so I had to wear my old jacket of nylon. I cycled fast to a good and cheap hotel, I left ther my few things and the bicycle and went seek for a watermelon.

After half watermelon eaten in slices I laid in bed. Just thinking about eating something else I already felt nausea. But after an hour of rest and digestion I have already felt prepared to devour a natural sandwish. After a phenomenal excellent dinner based in carbohydrates in the “restaurant of the island” I ended the day prepared for the second stage of the trip.


Cycled distance: 96 km