A catedral Basílica Menor, localizada no marco zero de Curitiba, é dedicada à padroeira da cidade: Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.
Ali zerei meu ciclocomputador na manhã de um domingo quente.
Nove e meia da manhã, a cidade parada, a maioria da população foi para o litoral deixando para trás um rastro de gás carbônico.
Pedalando a esmo pelo centro, aos tateios fui saindo de Curitiba a 25 km/h pelas avenidas quase desertas.
Longo pedal pela BR 277 movimentada, através da densa grande Curitiba, passando por cidades satélites e grupos de ciclistas paramentados a rigor até poder respirar um ar mais puro nas imediações do pedágio.
A partir do pedagio um ciclista de boa prosa me fez companhia até quase o fim da descida da serra.
Ele usava boné e seguia para o litoral numa bicicleta velha sem marca. Levava uma mochila nas costas, algumas sacolas plásticas e uma corrente grossa dependurados no guidom.
Falou que sofria de terríveis dores de cabeça que só eram aliviadas com cabeçadas na parede ou quando pedalava longas distâncias. Por isso já tinha pedalado mais de sete vezes de Curitiba até o litoral do Paraná. Pernoitava ao relento na praia, acorrentado à bicicleta para evitar furtos.
Ele desapareceu num longo declive enquanto eu parei para tirar fotografias e apreciar a paisagem.
A BR 277 é semelhante à free-way gaúcha com a diferença de que naquela os inofensivos ciclistas têm trânsito livre.
Apesar do bom acostamento e da ausência de vento contra eu pedalava sem pressa e fazia muitas paradas.
Numa tenda rústica na beira da estrada parei para almoçar uma tapioca doce com água de bica que vinha do morro e que tinha um gosto metálico.
Depois de uma seqüência de curvas e declives com belos panoramas vieram longos retões planos onde a monotonia esticava o espaço-tempo e os fortes raios ultravioletas de um calor de quarenta graus encharcavam a roupa e danificaram meu frequencímetro.
No final da BR 277 o trânsito de veículos foi diminuindo; ao que parecia Paranaguá não era o destino final de todos aqueles veículos que iam entrando em pistas laterais rumo a Caiobá, Guaratuba e Pontal.
A reta final foi cansativa não tanto pelos aclives ou distâncias, mas pelo vento contra, cheiro nauseabundo, ausência de belezas naturais e falta de acostamento.
Eu pedalava numa avenida longa e larga, relativamente movimentada, entre uma alameda de postes, com uma montanha nas costas e rumo ao grande mar redondo - “paranaguá” em tupi-guarani.
Vencida essa etapa cheguei ao centro histórico de Paranaguá por volta das 14:30 hs.
Com grande potencial turístico, o centro histórico tem vários sobrados coloniais, especialmente na Rua da Praia, a maioria um tanto mal conservados, e que por isso mesmo realçam a antiguidade.
Pedalei sem rumo pelas vielas da cidade indo parar no restaurante ao lado de um Hostel na Rua da Praia, onde um Gatorade reconstituiu minhas energias. Finalmente peguei um toró sob uma marquise em frente à Igreja São Benedito onde me encontrei com o carro de apoio por volta das 16 hs.
Distância pedalada: 104 km
Vm: 24 km/h
Curitiba city - Paranaguá city
The Basilica Menor Cathedral is located in the zero-framework in Curitiba city and is dedicated to the city's patron saint, Our Lady of Light of Pinhals. There I adjusted my cycle computer and prayed.
It was so so 9:30 pm on a Sunday morning, even with warm smell of pollution. The city almost empty, the majority of the population was spending the New Year holiday at the beach, leaving behind a trail of gas carbon dioxide and soot produced by the exhaust of cars.
Cycling around in downtown I was leaving Curitiba at 25 km / h by avenues almost deserted. Long pedal by BR 277 railroad through the dense great Curitiba, and into satellites cities and crossing groups of cyclists weared like cyclists, I was able to get an air breathing more fresh and pure in the vicinity of the toll.
From the toll, a cyclist of good prose, which was going to beach in an old and unbranded bicycle, made me company until almost the end of the descent of the hills. He led a rucksack on the back, some plastic bags and a current thick in the direction of his bicycle. He told he used to suffer from a terrible headache that just were relieved through giving strong beats with the head in walls or when he cycled long distances. For that he had made more than seven rides to the beach in his bicycle. He used to sleep in streets or in the sand, tied in his bike to avoid be robbed. He disappeared in a long slope while I stopped to take pictures and enjoy the scenery.
The BR 277 railroad is similar to the free-way railroad from RS state with the difference that the BR 277 is free to cyclists. Despite the good sidewalks and the absence of wind against me I cycled without haste and made many stops.
In a rustic tent at the roadside I stopped for a lunch. I ate sweet tapioca and drank water that came from the hills and had a metallic taste.
After a sequence of curves and slopes with beautiful panoramas appeared long lines and plans where the monotony made the space-time longer and the strong sun of a heat of forty degrees made my clothes wet and damaged my heart rater.
At the end of the BR 277 the transit of vehicles has been declining, it seemed that Paranaguá city was not the final destination of all those vehicles that were entering runways side towards Caiobá, Guaratuba and Pontal beachs.
The final piece was not the worst neither by aclives nor distances, but because it was against the wind, bad smell, lack of natural beauty and lack of sidewalk. I was cycling in an long and wide avenue, relatively busy, between a boulevard of poles, with a mountain on the back and towards large round ocean -"paranaguá" in Tupi – Guarani language.
Winning this step I arrived in the historical center of Paranaguá around the 14:30 pm. With great tourist potential, the center has several colonial historic buildings, especially in the Beach street, they are poorly preserved, and that therefore emphasize the ancient aspect.
I cycled towards the center of the city to at the restaurant of a Hostel on the Beach street where I drank a Gatorade to reconstitute my energies. Finally I get a hard rain under a marquise in front of the Church St. Benedict where I met the car of support around 16 pm.
Distance cycled: 104 km
Vm: 24 km / h